Parceria público-privada deve acelerar pesquisas da Embrapa para algodão resistente ao bicudo
Sebastião Barbosa, chefe-geral da Embrapa Algodão, destaca que será iniciada uma pesquisa, com apoio da iniciativa privada, para desenvolver uma variedade geneticamente modificada de algodão que será resistente ao bicudo do algodoeiro.
Uma das pragas mais sérias da agricultura, o bicudo do algodoeiro incide sobre o Brasil desde a década de 1990. No Centro-Oeste, os produtores desenvolveram métodos para realizar o manejo preventivo, mas ela ainda é um fator bastante limitante para a produção.
Barbosa salienta que cerca de 80% do custo de produção do algodão está envolvido nesse manejo, que vai desde o controle das populações até as aplicações pontuais de inseticidas.
A Embrapa trabalha nesse tema há certo tempo. A variedade será desenvolvida a partir de toxinas derivadas de uma bactéria que são letais para o bicudo, enquanto também não apresentam perigo algum para os seres humanos.
O chefe-geral destaca que esse é um processo continuado, que envolve duas unidades da Embrapa e o Instituto Matogrossensse do Algodão. A pesquisa é financiada pelos próprios produtores de algodão a partir do Instituto Brasileiro do Algodão.
Para que essa variedade esteja disponível no mercado, tudo irá depender do volume de recursos e dos avanços disponíveis. No momento, a previsão para essa disponibilidade é de oito a dez anos.
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