Em SP e MS pressão sobre os preços da arroba do boi diminui com retração na oferta de animais. Mas escalas continuam avançando em MG e GO
A pressão sob a arroba do boi gordo registrado na última semana em São Paulo e Mato Grosso do Sul começou a diminuir depois de uma nova retração da oferta. Já em Goiás e Minas Gerais, a concentração de animais continua, os preços seguem pressionados e já há relato de frigoríficos com escalas programadas até o dia 20/05.
A baixa pressão de venda em função das boas condições das pastagens, na maioria das regiões produtoras, tem colaborado para que os pecuaristas continuem retendo seus animais das fazendas realizando apenas vendas escalonadas.
Segundo Gustavo Figueiredo, consultor da Agrifatto, no caso dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, as escalas de abate voltaram a reduzir para 5 dias na média, refletindo a menor oferta de animais prontos. "E também tem a questão do boi a termo, ou seja, os frigoríficos que dispõe do preço fixado e com animais já na escala antecipada, nesses casos já fecharam a semana que vem", afirma.
Em São Paulo as vendas variam dentro do patamar de R$ 148,00/@ a R$ 150,00/@ a vista, sendo registrados poucos negócios a R$ 148,00/@ confirmando a tendência de "estabilidade" no curto prazo, assegura Figueiredo.
Outro fator que colaborado com a redução da oferta tem sido o alto custo na aquisição dos animais de reposição. A relação entre o preço pago pela arroba, se comparado ao valor da reposição não está tão atrativo no momento.
Já o mercado do boi em Minas Gerais e Goiás possuem um número elevado do boi a termo, haja vista que o volume de animais confinados nestes estados é maior, então essa oferta mais elevada em comparação às demais regiões gerou uma pressão negativa nos preços.
Figueiredo afirma, que mesmo com a retração na cotação da arroba em Minas e Goiás foram registrados grandes volumes de comercializações, ao contrário do cenário que acontece em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em Minas a cotação da arroba está em R$ 136,53 e em Goiás o boi é negociado a R$ 139,53/@.
Diante desse cenário, a demanda interna e externa também não tem colaborado para dar fôlego ao mercado. Há uma expectativa sobre o consumo de carne para o dia das mães, mas o analista já avalia que o volume pode ficar abaixo do esperado.
Na demanda externa, as exportações também estão abaixo da média do ano passado, refletido pela diminuição no poder de compra dos principais regiões importadores do Brasil, como Rússia, Venezuela e Oriente Médio.
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