Boi: Com aumento na oferta, mercado segue pressionado

Publicado em 04/05/2016 12:22
Boi: Arroba é cotada entre R$ 153,00 a R$ 154,00 em São Paulo. Negócios acima desses valores são pontuais. Preços tendem a continuar pressionados ao longo do mês de maio. E nem mesmo a proximidade do Dia das Mães, considerado o segundo melhor período do ano para a venda de carne, deve alavancar as cotações. Pecuaristas devem estar atentos aos elevados custos de produção.

A menor capacidade de suporte das pastagens devido a queda no volume de chuvas e a chegada do frio vem colaborando com o aumento da oferta de animais terminados, o que exerce pressão de baixa no mercado.

Embora as referências se mantenham de 3% a 4% acima do valor registrado no mesmo período do ano passado, considerando a inflação o ganho real do setor é praticamente nulo.

Em São Paulo, os negócios acontecem entre R$ 153,00 a R$ 154,00/@, mas há ofertas de compra abaixo desse valor. De acordo com o consultor da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, esse aumento na oferta é tradicional para o mês de abril e maio, típico da entressafra.

"Dado o cenário baixista que temos hoje, a tendência é que conforme os pastos percam a capacidade de suporte, os pecuaristas intensifiquem a entrega dos animais", explica Lopes.

Fora o período de entressafra, este ano tem sido caracterizado por baixo volume de oferta, assim como ocorreu em 2015. De acordo com os analistas, considerando apenas a disponibilidade de animais o mercado seria de alta, no entanto, a demanda fragilizada - especialmente no mercado interno - limita o avanço das cotações.

"Os efeitos sazonais de começo de mês, muitas vezes tem passado despercebido. Notamos isso nos preços da carne, que não tem força para reagir. As altas que acontecem geralmente são para cortes dianteiros de menor valor agregado", alerta o consultor.

Para o feriado de dia das mães, que é considerado o segundo melhor período para o consumo de carne, o mercado ainda não demonstra nenhum tipo de reação, o que mostra o recuo no poder de compra do brasileiro, consequência da crise econômica.

No médio prazo, a expectativa de volume menor de animais confinados no primeiro gira, poderá trazer novamente a firmeza para as cotações a partir de julho. Consequência dos altos custos de produção – tanto da reposição, quanto do milho – o setor espera uma queda no confinamento neste ano.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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