Com escassez do conillon, Cooxupé aumenta participação no mercado interno e reduz volume de café exportado
O presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, destacou a boa expectativa da cooperativa em torno da 16ª FEMAGRI (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas), que está sendo realizada em Guaxupé (MG). No primeiro dia, mais de 6 mil pessoas, até às 12h, entraram na feira, com mais de 1600 propostas de negócios. O movimento, de acordo com Paulino, mostra que os produtores estão sedentos por novas tecnologias, máquinas novas e insumos, cientes de que "precisam se atualizar e melhorar cada vez mais a gestão para não ficarem para trás".
Em uma área relativamente pequena - 37 mil m² - a feira oferece várias qualidades, preços e, em poucos minutos, os produtores podem fazer uma avaliação do que precisam com garantia de que receberão esses produtos.
Paulino lembra também da importância do café enquanto uma moeda de troca, uma facilidade oferecida pela Cooxupé, inclusive em alguns estandes da feira.
Neste momento, os preços do café se apresentam em torno de R$520 a R$540 para os produtores do sul de Minas. O patamar, segundo o presidente, "poderia ser maior, mas é remunerador no momento". Ele aponta que os preços na Bolsa de Nova York estão baixos, sobretudo considerando os fundamentos, com uma produção inferior em 2017. Por outro lado, existe uma instabilidade em torno da incerteza do governo americano que atinge diretamente os preços da commodity.
O consumo no mercado interno, por sua vez, se sustenta, com o café, enquanto produto da cesta básica do brasileiro, não acompanhando a inflação. Em termos de importação de café conilon, ele considera "difícil avaliar" a necessidade, pois não se sabe do impacto da seca no Espírito Santo e o estoque disponível da variedade.
A falta de importação até então, por outro lado, também impulsionou o consumo de arábica no Brasil, com uma melhora nos preços. Paulino diz que há uma preocupação com os problemas fitossanitários caso o conilon são importados, mas a concorrência não deve preocupar os produtores de arábica, já que os preços da variedade no país são os mais baratos.
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