Especulações sobre uma safra recorde no Brasil travam mercado, mas compradores podem se surpreender quando colheita começar
Diretamente da 3ª edição da Feira do Cerrado da Cooxupé, em Coromandel (MG), o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, conversou com o Notícias Agrícolas sobre a falta de evolução dos preços do café no mercado internacional.
Para Paulino, o Brasil irá ter uma boa safra, mas esta não deve ser uma superssafra como se dissemina nas notícias internacionais. "Na difusão dessas notícias, o comprador está ganhando essa batalha", avalia o presidente.
Ele aponta que, quando a colheita tiver início, o mercado irá perceber que as estatísticas divulgadas pelos produtores são mais verdadeiras. Ele também acredita que as estimativas feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão mais próximas da realidade: em torno de 54 a 56 milhões de sacas, considerando que a safra do conilon no Espírito Santo é a maior responsável por este número.
O café ainda está sujeito à variação climática e isso ainda poderá trazer um impacto forte para os preços. O segundo fator depende dos produtores: Paulino recomenda que as vendas sejam feitas paulatinamente porque, se forem feitas de uma só vez, "o mercado não vai suportar".
2 comentários
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Francisco Malta Cardozo Santa Lúcia - SP
O que está faltando para regular a oferta de café para o mercado e garantir melhores condições de preço aos produtores e consequentemente para o Brasil, seria a liberação de recursos financeiros a juros razoáveis para o financiamento de estocagem da nova safra de maneira a se distribuir a comercialização uniformemente durante o ano safra de 2018/2019.
José Danas Filho Jandaia do Sul - PR
Todos os anos é a mesma coisa, projeção de super safra de café, isto só tem um objetivo derrubar os preços. Se fizermos uma análise de anos anteriores, nenhuma projeção se concretizou e o governo não se manisfesta em defesa do produtor que anda descapitalizado e até pagando para produzir. Enquanto os atravessadores e principalmente empresas de países exportadores de cafés industrializados que não tem um só pé de café plantado ficam com os lucros.
O produtor já está cansado de lutar sozinho contra uma série de problemas que dificultam desde a produção até a obtenção de lucros. Acho que todos os produtores de café tem saudades do extinto IBC. José Danas Filho