Indústrias de carne registram dois meses seguidos de margens negativas. Ajuste na oferta e avanço nas exportações podem reverter esse quadro
A elevação nos preços do milho, principal componente da ração animal, pegou em cheio o setor de aves e suínos neste inicio do ano. De acordo com levantamento da MBAgro, a margem bruta da produção de carne de frango baseada no sistema de integração em fevereiro ficou negativa em 6%, enquanto que a carne suína foi de 17%.
De acordo com o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, a alta do milho correspondeu 9% no aumento dos custos de produção nos últimos seis meses, no entanto, esse não é o único ingrediente que tem atrapalhado o fechamento dessa conta.
"O farelo de soja também teve aumento, mão de obra, energia e uma série de componentes que elevaram o custo do frango e do suíno em 23%", destaca Turra.
Em meio a dificuldades de repassar a alta dos custos de produção ao preço da carne no varejo, o setor já começa a reduzir a produção, ajustando ao volume de consumo. Esse movimento pode ser observado nos dados de alojamento de pintos que, de acordo com a Apinco (Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte), reduziu fortemente em novembro de 2015 e deve começar a surtir efeito a partir de abril.
"Por outro lado temos aumentando significativamente as exportações em janeiro e fevereiro, o que ajudou a diminuir a pressão sobre o mercado interno que estava sendo contaminada pela elevação dos estoques. Então nos próximos meses as vendas externas devem continuar em bom ritmo, e basta termos essa regulação na oferta", explica Turra.
Para o presidente, mesmo com a mudança no cenário político, e um arrefecimento do dólar, o país não deve perder espaço no mercado externo. Por outro lado, esse fator poderá contribuir também para uma oferta maior do milho no cenário interno.
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CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR
Próximo passo: dizer que tem necessidade de fazer um acordo dentro da cadeia produtiva, que nem o milho, nem soja pode subir tanto, que tem que se trabalhar com preços médios et....etc....e mais etc. E que isso só valerá enquanto o milho estiver com preços bons. Quando estiver abaixo do mínimo ......aí acaba o acordo. Vou dormir, venho ouvindo essa ladainha por muitas décadas.
Só vai melhorar quando esses picaretas indicados por politicos forem substituidos por novas lideranças comprometidas com a cadeia produtiva, nos cargos das associações e organizações do agronegócio.
Rodrigo, nessa você gabaritou. Nota 10.