DA REDAÇÃO: Milho: Lavouras transgênicas são atacadas pela lagarta de cartucho

Publicado em 01/04/2013 15:13 e atualizado em 01/04/2013 17:52
Milho: Lavouras transgênicas do milho Bt estão sendo atacadas pela lagarta de cartucho. Produtores devem realizar a prática do refúgio e rotação de culturas e inseticidas para tentar amenizar o ataque da praga. Agricultores que comprovarem prejuízos podem tentar judicialmente a restituição dos valores do produto.
As lavouras transgênicas de milho Bt estão sendo atacadas pela lagarta de cartucho. As sementes deveriam ser resistentes à praga, no entanto, com a falta de informações e recomendações sobre o uso do produto podem comprometer o desempenho das sementes.

Segundo o gestor técnico da Cooplantio, Dirceu Gassen, o uso contínuo de milho Bt, inseticidas, fungicidas ou herbicidas, na mesma dose e na mesma área por vários anos tende a selecionar, naturalmente, populações tolerantes à utilização de agroquímicos. Devido a esse cenário, o gestor destaca a importância da prática do refúgio, da rotação de culturas e de defensivos agrícolas para minimizar os processos de seleção.

“Precisamos combinar com outras práticas, cerca de 10% ou 20% da área semeada com o milho Bt deve ser reservada para o cultivo do milho convencional. Dessa forma, as lagartas das duas áreas cruzariam e resultariam em lagartas mais suscetíveis à semente Bt. O refúgio é essencial para manter o uso dessa tecnologia que é vantajosa aos produtores rurais brasileiros”, explica Gassen.

O gestor ainda destaca que a lagarta de cartucho causa danos severos às lavouras de milho e é de difícil controle. Por isso, os produtores devem realizar o plantio de forma adequada para manter as populações nativas e dessa maneira manter o equilíbrio nas populações.

Por outro lado, nem sempre os agricultores têm acesso às informações de como fazer o plantio e de práticas que devem ser adotadas. De acordo com o advogado, Neri Perin, as informações devem ser divulgadas pelas empresas fornecedoras dos produtos. E que os agricultores têm o direito a restituição dos valores cobrados no caso de comprovação de prejuízos.

“Os produtores devem documentar fazer um laudo técnico e comprovar os prejuízos e tentar administrativamente ou judicialmente a restituição dos valores devidos”, ratifica o advogado.

Na visão do gestor técnico, falta à comunicação entre os responsáveis por dar assistência e os produtores rurais. “É preciso à retomada de um programa de comunicação e informação que será a chave para manter a tecnologia que vai levar a uma eficiente corresponsabilidade de todos os segmentos do setor”, finaliza Gassen.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • Almir José Rebelo de Oliveira Tupanciretã - RS

    Não entendo dessa forma. São vários os exemplos de resistências! Os antibioticos,carrapaticidas, inseticidas, fungicidas, herbicidas... Variedades resistentes cuja resistência tem prazo de validade é comum. Não podemos transformar isso em fobia contra transgênicos. Mas João Batista, ontem circulou a notícia de que o MPF, Asssociação Brasileira de Supermercados(Abras)e logicamente uma ONG, a WWF Brasil, decidindo que a Pecuária Brasileira tem que ser Orgânica. Mas como a CNA, SRB e outras acham que tudo está bem, então essa gente se acha com poder para dizer o que é bom para a agropecuária brasileira. Vamos em frente de que jeito João Batista?

    0
  • LEANDRO M GRANELLA GETÚLIO VARGAS - RS

    Por isto a justa mobilização dos produtores contra Royalties na moega na Soja BT, pois daqui a 3 anos estamos pagando isto + os inseticidas.....

    0