DA REDAÇÃO: Negócios lentos para os grãos preocupam produtores de Goiás

Publicado em 23/07/2014 13:36 e atualizado em 23/07/2014 17:58
Grãos: Ainda há cerca de 20% de soja da safra velha para ser comercializada no sudoeste de Goiás. Produtores estão aguardando preços melhores para realizar as negociações. Já para o milho, a saca está sendo negociada a R$ 17,50, abaixo dos preços mínimos, e governo ainda não realizou nenhuma intervenção.

As negociações de soja estão em ritmo lento no sudoeste do Goiás. O presidente da Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano), Antônio Chavaglia, explica que só há cerca de 20% da safra velha para ser negociada e com os preços mais baixos para a nova safra, quase não há negociações.  Os produtores já sentem as perdas e estão confusos com as especulações sobre a safra americana, devido aos diversos fatores que derrubam os preços em Chicago e refletem no mercado interno.

Muitos destes produtores possuem financiamento para quitar e acreditavam na recuperação do mercado, por isso, seguraram vendas e acabaram perdendo cerca de R$ 6 por saca. Para Chavaglia, os negócios devem permanecer lentos até o final do ano. Atualmente, a soja está negociada a R$ 53 reais por saca e com o frete a cerca de R$ 10, os prêmios nos portos não compensam para os produtores. 

Chavaglia acredita que a situação pode ser revertida, mas há diversos fatores para levar em consideração, como um reajuste no câmbio ou até mesmo o mercado ser impulsionado com estoques internos mais apertados.

Para o milho, o cenário não é positivo com a grande oferta após as colheitas da safrinha. A saca está sendo negociada por volta de R$ 15, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50, e até o momento não houve intervenções do Governo Federal. Para Chavaglia, um dos fatores se deve a pouca comercialização antes da safra. Com o grande volume colhido, muitos produtores precisaram recorrer ao silo bolsa para armazenar a mercadoria, mais um gasto para o bolso dos agricultores. 

Os produtores se preparam para a próxima safra de soja e já adquiriram cerca de 75% dos insumos. Com os negócios lentos, é possível que haja atraso no pagamento do financiamento, mas o presidente acredita que a safra será liquidada conforme a necessidade dos produtores. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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