DA REDAÇÃO: Grãos devem ter comercialização lenta com os atuais patamares de preços em Chicago

Publicado em 16/09/2014 13:47 e atualizado em 16/09/2014 17:39
Soja: Com o momento de pressão nos preços, três vencimentos rompem o patamar dos U$ 10 por bushel, com a entrada da nova safra norte-americana. A comercialização deverá ser mais lenta, tanto no Brasil quanto nos EUA, com mercado atento também aos prêmios e ao dólar.

A bolsa de Chicago vive momentos de pressão com o início das colheitas da safra norte-americana de grãos, que tem tudo para ser recorde. Nesta tarde (16), três vencimentos chegaram a romper o patamar dos U$ 10 por bushel nas negociações. Para o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, os produtores terão de fazer caixa para conseguir equalizar os preços. Além disso, ele acredita que os americanos também deverão reter grãos para aguardar o melhor momento para negociação.

Ênio explica que muitos analistas estão falando em números entre U$ 8,50 e U$ 12 por bushel para a soja, enquanto o dólar tem expectativa de variação de U$ 2,20 e U$ 2,50, além das possíveis variações de prêmios. Todos esses fatores torna a decisão da venda difícil para o produtor, visto que há grandes variações. Portanto, enquanto não houver margem de lucros, tanto no Brasil quanto Estados Unidos, os produtores irão segurar as vendas.

Quando as colheitas americanas se aproximarem dos 40%, as expectativas de Fernandes é que os produtores americanos passem a vender paulatinamente. “Vai ser uma queda de braço entre demanda e oferta e quem vai ganhar essa batalha vai depender de quão capitalizado as duas pontas. Mas vai ser uma comercialização lenta, não vai terminar em 30/04 e vai se estender por todo o ano”, explica o consultor.

Milho – As colheitas nos Estados Unidos já foram iniciadas, mas deverão ser lentas, segundo explica Ênio. Principalmente, pelas temperaturas mais baixas, que irão atrasar a secagem dos grãos. Já na Argentina, os produtores enfrentam problemas para conseguir financiamento para a próxima safra.

No Brasil, as exportações deverão fechar em 2,5 milhões de toneladas, ritmo que Ênio considera positivo. Se mantiver nestes patamares, os embarques poderão chegar a 17 milhões de toneladas para a safra. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já estima um número de 20 milhões de toneladas, enquanto a Conab 21 milhões de toneladas. Mesmo assim, os estoques deverão ser grandes para o próximo ano e as comercializações lentas. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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