Cotações do café arábica operam em baixa na Bolsa de Nova Iorque com chuvas no Brasil.

Publicado em 20/10/2014 12:17 e atualizado em 20/10/2014 14:40
Café: Mercado em baixa de mais de mil pontos na Bolsa de Nova Iorque com o retorno de chuva nas principais regiões produtoras. A perspectiva dos participantes do mercado é que as precipitações amenizem os danos causados pela seca. No entanto, de acordo com cafeicultores as chuvas ainda são irregulares.

O café arábica na Bolsa de Nova Iorque opera em alta expressiva nesta segunda-feira (20) com chuva nas principais cidades produtoras do Brasil. A perspectiva dos participantes do mercado é que as precipitações amenizem os danos ocasionados pela seca registrada desde o início do ano.

No entanto, de acordo com o Presidente do Sindicato Rural de Altinópolis/SP, João Abrão, a realidade nas lavouras de café é crítica e chuvas de baixa intensidade não devem reverter as perdas para a safra 2015. “As chuvas na região foram de cerca de 10 mm, mas nós temos estragos causados pela estiagem desde janeiro”, afirma.

“Mesmo que chova os cafezais não se recuperam. Nós tivemos duas secas seguidas, uma prejudicou a safra deste ano, o café estava chocho e o prejuízo para a safra 2015 também já está consolidado”, explica o Presidente do Sindicato Rural de Altinópolis/SP.

Abrão acredita em manipulação de mercado visto que os cafeicultores estão sem produção. “A Bolsa vem obrigando o cafeicultor a vender o café por preço não condizente. Mas a realidade é outra, as lavouras estão desfolhadas e com plantas queimadas. Não adianta preço se não temos café disponível”, diz.

Com a falta de água, os cafeicultores não conseguem realizar os tratos culturais e já começam a realizar podas pensando na produtividade das próximas safras. “Os produtores estão esqueletando as lavouras, em algumas cidades os cafés vão produzir pouco mais de cinco sacas de café por hectare e isso não cobre nem custo de produção”, pondera o Presidente do Sindicato.

De acordo com Abrão, são necessárias políticas públicas para que o cafeicultor não fique prejudicado com a baixa na produção. “Acredito que faltam políticas de governo para que isso não aconteça. Há várias fazendas sem água, nós estamos levando isso ao Departamento de café do Ministério da Agricultura. Seria necessário prorrogar a dívida e reabilitar o produtor com crédito”, explica.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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