Em Coromandel (MG), quebra no feijão chega a 45% devido às altas temperaturas e ausência de chuvas

Publicado em 03/02/2015 09:17
Safra 2014/15: Em Coromandel (MG), quebra no feijão chega a 45% devido às altas temperaturas e ausência de chuvas. No caso do milho, as perdas são ao redor de 40% e na soja cerca de 25% a 30%. Custos são mais altos nesta temporada e produtores enfrentam problemas com o aparecimento da mosca branca. Saca da soja é cotada entre R$ 50,00 a R$ 52,00 e no feijão, entre R$ 150,00 a R$ 160,00.

As plantações de feijão sofreram quebra de 45% na safra, em Coromandel, MG. A situação não é diferente nos cultivos de milho e soja, com perdas de 40% e 25%, respectivamente. A explicação está na alta temperatura e na falta de chuva. “Esse ano está sendo muito difícil. A última chuva realmente boa que nós tivemos foi na véspera de natal, depois foram 30 dias de estiagem. Choveu de novo nos dias 24 e 25 de janeiro, mas foi muito irregular. Em algumas regiões marcou 50 milímetros de precipitação e em outras apenas 10 milímetros”, conta o produtor Geraldo Emanuel Prizon.

“Aqui na região, o feijão foi a cultura mais atingida pela estiagem. Desde o afloramento até a colheita não choveu, por isso tivemos quebras de até 45% na safra. Eu colhi 25 sacas por hectare, porém outras propriedades aqui perto tiveram uma produtividade de oito a dez sacas. Em 20 anos morando em Minas Gerais, nós nunca presenciamos um clima tão adverso como o desse ano”. Devido a esse fato, alguns produtores tiveram que acionar o seguro agrícola para que fossem ressarcidos do custo da produção somente, sem nenhum lucro. A questão é que a grande maioria dos agricultores não têm seguro agrícola, portanto vão ter que arcar com os prejuízos de uma baixa produção.

As perdas nas plantações de soja em Coromandel, MG, chegam a 25%. Já no milho, a situação ainda é pior, com quebras de até 40%. “As perdas que estamos tratando aqui são perdas consolidadas”. De acordo com Prizon, há dois anos os produtores sofrem baixas nas safras por causa do clima. Porém os custos da produção eram mais reduzidos e o preço da soja, principalmente, era maior. Hoje, a situação é exatamente ao contrário, causando prejuízos enormes.  

“Em relação às pragas, ano passado foi um ano mais difícil, porque a lagarta helicoverpa era uma novidade. O produtor rural hoje está mais atento com isso, por isso está tendo muitos gastos com aplicações contra as pragas, fazendo com que ela fique sob controle. O que a gente nota é que com esse clima quente e seco há um aumento desordenado da mosca branca, que está virando um problema seríssimo”.

No mercado atual em Minas Gerais o feijão está em torno de R$ 150 a R$ 160 a saca. A soja está no patamar de R$ 50. O problema está na situação das quebras na safra. “Mesmo se o preço estivesse muito alto, a produtividade baixa diminui os lucros ou, em muitas vezes, não evita os prejuízos para os produtores”. 

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Por:
Lucas Mayer

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