Preços da arroba do boi registram novas altas puxadas pela oferta restrita de animais e só não sobem mais rápido pois demanda por carnes continua fraca

Publicado em 31/03/2015 12:54
Preços da arroba do boi registram novas altas puxadas pela oferta restrita de animais e só não sobem mais rápido pois demanda por carnes continua fraca

A arroba do boi registrou novas altas pressionadas pela oferta restrita, mas essas altas ainda não são expressivas porque o frigorifico não tem margem para bancar elevações maiores nos preços.

Guilherme Reis, da Multitrade Assessoria em Mercados Futuros, conta que os pecuaristas tem usado a estratégia de segurar seus animais no pasto para pressionar ainda mais a oferta e forçar novas altas nos preços da arroba.

Além disso, os animais de reposição também estão caros e o produtor opta por engordar o boi no pasto, a trocar esse animal por outra 'carcaça'.

"O custo da arroba produzido em pastagem é muito menor do que a arroba produzida no confinamento, e bem menor do que ele recebe hoje pela arroba. Então se uma arroba em pastagem custa para ele R$ 90,00 e vai vender a quase R$ 150,00/@ em São Paulo, está compensando segurar esse animal na fazenda", afirma Reis.

Contudo, a indústria também não consegue pagar mais pelo boi gordo, haja vista que a demanda pela carne segue desaquecida no mercado interno e externo.

"Os frigoríficos estão abatendo menos, para colocar menos carne no mercado, mas isso não está sendo suficiente para aumentar os preços na conta final", ressalta o analista.

Com esse cenário, alguns frigoríficos já trabalham com a renda comprometida, e começam a dar férias coletivas, ou encerram suas atividades.
Para Reis, a exportação era a expectativa do mercado para dar fôlego aos preços, contudo os volumes registrados no primeiro trimestre do ano ficaram abaixo da necessidade.

 

Reposição

A arroba do bezerro está na casa dos R$ 200,00, o boi magro a R$ 180,00/@, com isso os pecuaristas esperam que a referência outubro/15 esteja no mínimo a R$ 170,00/@ para que a remuneração não fique negativa.

 

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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