Manejo integrado pode reduzir prejuízos com o mosaico dourado nas lavouras de feijão
O mosaico dourado é um problema que vem preocupando os produtores de feijão no Brasil, sobretudo aqueles que plantam no Brasil Central. Segundo Thiago Lívio Oliveira de Souza, pesquisador de Genética e Melhoramento de Plantas da Embrapa, essa é uma das principais doenças da cultura atualmente.
O vírus é transmitido pela mosca branca, inseto que é capaz de transmitir mais de 200 viroses. No caso do feijão, essa é a principal delas. As áreas nessa região específica do Brasil têm um risco maior em função de sua proximidade com as lavouras de soja, algodão e milho, bem como a proximidade da época do plantio. Contudo, a mosca já tem se adaptado a outras regiões e temperaturas, de forma que a área afetada tem aumentado.
A identificação do mosaico dourado na lavoura é fácil: há uma clorose generalizada nas folhas, o que causa o aspecto de mosaico. As plantas não se desenvolvem e a produtividade das vagens é afetada, gerando grãos miúdos e fora do padrão comercial. Há casos em que as perdas podem chegar a 100%.
Para prevenir este problema, Souza aconselha que seja feito um controle químico prudente, contando com a rotação de moléculas. Além disso, a época adequada de plantio deve ser respeitada.
O pesquisador recomenda que o plantio seja feito, primordialmente, na safra das águas e o mais cedo possível, para que encontre menos incidência de mosca branca no campo. O cultivo de segunda safra de feijão já não é recomendado no Brasil Central.
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