Ovos: 2022 começa com queda de mais de 20% no preço do produto na granja e no atacado

Publicado em 10/01/2022 14:45 e atualizado em 10/01/2022 15:20
Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria
Em cerca de 30 dias, houve queda nos preços dos ovos e, ao mesmo tempo, aumento nos custos de produção, prejudicando o poder de compra do avicultor

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Entrevista com Felipe Fabbri - Analista de Mercado da Scot Consultoria sobre o Mercado dos Ovos

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A virada de ano trouxe queda para os preços dos ovos, de acordo com o analista da Scot Consultoria, Felipe Fabbri. Segundo ele, além da queda da demanda sazonal de final de ano, a perda de competitividade dos ovos frente às carnes suína e de frango, que tiveram recuo de preços, foi outro fator que exerceu pressão baixista.

Segundo Fabbri, em um período de 30 dias, desde o final de dezembro, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos (base São Paulo), caiu 23% na granja, chegando a R$ 74,50, e 22,5% no atacado, baixando para R$ 79,00. "Estes são os preços mais baixos para o produto vistos desde janeiro de 2021", disse o especialista.

Fabbri ainda ressalta que a queda brusca nos preços do produto se deu ao mesmo tempo que um repique nos valores do milho e soja, principais insumos para a alimentação das aves, prejudicando o poder de compra do avicultor de postura.

Os dados trazidos pelo analista são de que entre 2020 para 2021, eram necessárias 12 caixas com 30 dúzias de ovos para comprar uma tonelada de milho. Agora, essa conta passou de 15,1 caixas no final de 2021 para 21,4 caixas neste início de ano, perfazendo um aumento de 40% no custo com o insumo.

"E estamos falando apenas de milho, lembrando que há outros itens na cesta de custos de produção que pesam na conta do avicultor, como combustível e energia elétrica, por exemplo", explica.

Diferente do cenário que se viu em janeiro de 2021, em que na segunda quinzena do mês os preços dos ovos melhora, devido à diminuição do poder de compra do consumidor, este cenário não deve ser visto neste janeiro, uma vez que os preços das proteínas concorrentes estão em movimento de queda, pontua Fabbri.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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