Animais podem morrer com agravamento da seca e altas temperaturas no Sul nos próximos 15 a 20 dias, diz especialista
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Entrevista com Valdir Sangaletti - Engenheiro Agrônomo-Assistente Técnico Regional na Emater/RS sobre as Onda de Calor afetando os animais
A atual estiagem e onda de altas temperaturas vividas na região Sul do Brasil têm afetado não apenas as safras nos campos, mas também os animais. De acordo com o engenheiro agrônomo e assistente técnico da Emater no Rio Grande do Sul, Valdir Sangaletti, caso esta combinação de fatores persista por mais 15 ou 20 dias, animais podem começar a morrer nas propriedades.
Ele explica que entre as principais criações na região (avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite), são as vacas leiteiras que mais sobrem nesta situação. Isso porque os animais ficam em pasto aberto, expostas ao sol, e neste caso, com risco de falta de água para beber.
"Isso prejudica os animais desde a redução na produtividade, até questões de saúde, com menor consumo de alimento, menor conversão em peso, entre outros problemas", afirma.
No caso das aves e dos suínos, que ficam em abiente confinado, o impacto é um pouco menor, já que como grande parte dos produtores é integrado de grandes empresas, há a exigência destas empresas de que as granjas sejam ambientadas para o bem-estar animal. Entretanto, a falta de água para controlar a temperatura, com aspersores sobre os animais, é um risco.
"As prefeituras estão fazendo um trabalho de levar água em caminhões-pipa para as propriedades, mas é muito importante que empresas, produtores e governos pensem em alternativas de médio e longo prazo para a reservação de água para ser usada em casos extremos, como, por exemplo, a construção de cisternas nas propriedades", disse.
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