Colheita do arroz se desenvolve bem Alegrete/RS, com produtividades acima de 8 mil kg/há; preços na casa dos R$ 35/saca

Publicado em 25/03/2015 10:12

A colheita de arroz em Alegrete (RS), já tem 53% da área concluída. Há 30 dias que não ocorrem chuvas na região, apenas com algumas pancadas isoladas, favorecendo o bom andamento da colheita.

Pedro Piffero, presidente do sindicato rural, conta que a produtividade deve ficar acima de 8 mil kg por hectare, contra a média do ano passado de 7,5 mil kg/ha. A área de arroz na região está em torno de 62 mil hectares, que neste ano apresentou uma redução, mas que deve ser compensada pelo aumento de produtividade.

"Com o aumento do custo de produção o produtor tem se tornado mais eficiente, na busca de mais produtividade. Contudo o clima ainda é determinante na cultura do arroz, principalmente na fase do grão", explica Piffero.

Os preços praticados na região estão na casa do R$ 35/saca, porém a remuneração do produtor está comprometida por conta dos custos de produção. De acordo, "com levantamento o custo na região ficou em torno de R$ 36,00 a R$ 37,00 reais, mas na safra o preço baixa e a expectativa é que continua cobrindo os custos", ressalta Piffero.

Segundo ele, a ideia - para alavancar os preços - é não concentrar a oferta em uma única época, por isso muitos produtores vendem parte da produção no pico da safra e retém a outra para comercializar na entressafra.

Além disso, outros custos de produção que preocupa os agricultores é o aumento do diesel, frete e energia elétrica. "No preparo da lavoura deste ano o custo já estava pronto quando subiu o dólar. Agora para o próximo ano já prevemos um aumento na energia - que é um custo elevado - o diesel e os insumos, que acompanham o dólar", alerta o presidente.

Piffero considera que o insumo deverá ser um dos principais custos do produtor na safra de inverno, levando em consideração a desvalorização cambial. Sendo assim, "para determinar o custo da próxima safra o produtor precisará comprar bem", pois os outros custos independem da intervenção dos agricultores.

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Por:

Carla Mendes e Larissa Albuquerque

Fonte:

Notícias Agrícolas