Trabalhos para liberar o tráfego na BR-163 estão lentos e setor de transporte contabiliza prejuízo diário de 10 milhões de reais
A situação na BR 163, entre o estado do Mato Grosso e o Pará, continua complicada, embora as providências estejam começando a ser tomadas.
De acordo com Miguel Mendes, diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso, 5 mil caminhoneiros ainda estão parados ou atolados, gerando um prejuízo de 10 mil reais por dia. As chuvas retornaram à região, o que dificulta a empresa responsável pela recuperação dos caminhos a oferecer condições de trafegabilidade.
O ponto mais crítico está localizado em uma região chamada Caracol, de um trecho de 50km de congestionamentos. Há filas nos dois sentidos da rodovia, com caminhões vazios não conseguindo retornar para o Mato Grosso, assim como os carregados não conseguem seguir viagem.
A fila dupla também dificulta a chegada de maquinários. A chegada dos policiais rodoviários e do exército no domingo conseguiram dar condições, mas com a volta das chuvas, a via voltou a ser interrompida.
Nesta manhã, Mendes conversou com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, cobrando uma intervenção junto ao Departamento Nacional de Transportes (DNIT) para contratar, de forma emergencial, outra empresa que possa auxiliar a que atua no local neste momento, com um maquinário melhor. Na quinta (2), Maggi deve reunir com o Ministro dos Transportes para traçar uma estratégia de ação mais eficaz.
Alguns caminhoneiros já estão presos no trecho há 20 dias, com dificuldades de buscar água potável e também de conseguir alimentação. "A situação só não está pior porque a comunidade local têm dado apoio aos motoristas, o que vem amenizando a situação", diz Mendes.
A maioria dos veículos parados estão abastecidos com soja, mas há também itens de consumo industrializados com destino aos municípios que margeiam a 163. O fluxo neste ano foi potencializado pela expectativa de embarcar quase 8 milhões de toneladas de grãos no Porto de Miritituba.
Mendes destaca que Maggi "sente na pele a dificuldade de logística no país" e acredita que um investimento na infraestrutura como prioridade poderá resolver esses problemas no país.
O diretor-executivo diz que o tráfego deverá estar fluindo dentro de sua normalidade só na próxima semana, em decorrência das condições climáticas e do aguardo pela chegada de novos maquinários.
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sandro roberto lautert condor - RS
O Brasil que nós vivemos é o seguinte.... Carro alegórico quebrado na Sapucaí, tres dias de notícias na Rede Globo... Tragédia nas estradas da produção, 1 Minuto no ar.
É um absurdo, milhões pagos em propinas e favores políticos, enquanto a parte que ainda sustenta o Brasil é largada ao descaso... Lamentável!