Na era da agricultura de baixo carbono, cultivo primário utilizado na Amazônia -com a prática das queimadas- precisa ser mudado
Publicado em 20/09/2019 16:23
Rodrigo Justus de Brito - Assessor Técnico Sênior na Área de meio ambiente da CNA
Em breve Brasil terá como quantificar o sequestro de carbono promovido por práticas como plantio direto , ILPF , entre outras ações
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Ações de Agricultura de Baixo Carbono no Brasil - Entrevista com Rodrigo Justus de Brito - Assessor Técnico Sênior na Área de me
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4 comentários
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As guardiãs silenciosas da nossa terra
Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
Qual a contribuição fotossintética da pastagem perene adubada? considerando que não existe pastagem degradada e sim pastagem em solo com limitação química, quem criou o projeto visou também essa deficiencia. Sendo que as gramíneas são fortes agentes na melhoria dos atributos do solo enquanto verdes ou palhadas, mas todo vegetal é renovável e mantêm o equilíbrio atmosférico. Toda carne bovina orgânica no final linha é mineralizada, não modificando os componentes atmosférico devido a carne ser um dos mais fortes captador de CO2. O pasto perene, pela sua renovação, continua sendo considerado como um forte agente superior a uma árvore quando atinge seu clímax vegetativo... Elementar...
Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
A Floresta Amazônica e a presença do Homem
*Artigo publicado na revista "O Agronômico", Campinas, 57(1), 2005. Ângelo Paes de Camargo - Pesquisador Científico aposentado do Instituto Agronômico de Campinas – IAC (In memoriam, falecido em 2006). Ao realizar a fotossíntese pela folhagem das plantas, sob a ação da energia da radiação solar, forma-se o hidrato de carbono, seja o açúcar e a celulose, pela combinação do gás carbônico com a água da atmosfera. Esse processo libera o oxigênio para a atmosfera. Assim, formou-se, através de milhões de anos o elevado teor de oxigênio na composição da atmosfera da Terra, cerca de 21%. O nitrogênio, um gás inerte, ocupa quase todo o volume da atmosfera, em torno de 78% e o gás carbônico, apenas 0,03 %. O oxigênio presente na atmosfera terrestre foi originado pela fotossíntese realizada pelos vegetais da superfície. Os organismos, plantas e animais, presentes nas florestas da Terra não mais contribuem para alterar a composição da atmosfera. Quando vivas, as plantas realizam a fotossíntese, produzindo e liberando o oxigênio, ao mesmo tempo em que formam a matéria orgânica e consomem o gás carbônico. Quando morrem e se decompõem, fazem o contrário, consomem o oxigênio, numa combustão lenta e lançam em seu lugar gás carbônico na atmosfera. Por isso os teores de gás carbônico e de oxigênio na atmosfera mantêm-se constantes. Serapilheira Toda floresta adulta, em clímax, apresenta sobre o solo uma camada de matéria orgânica oriunda da folhagem senescente que cai da copa das arvores e que apresenta na parte inferior em contato com o solo uma camada em decomposição. É a serapilheira. Essa serapilheira, ao mesmo tempo em que recebe material na superfície, vai se decompondo e desaparecendo na parte inferior. Dessa forma, a serapilheira fica sempre com a mesma altura. Se não houvesse essa decomposição, a camada de serapilheira iria aumentando de espessura continuamente e chegaria a muitos metros da altura. O que nunca acontece. A floresta virgem, ao mesmo tempo em que produz oxigênio pela fotossíntese, produz também o gás carbônico, pela decomposição da matéria orgânica quando morrem. Assim, não alteram a oxigenação da atmosfera. Superfície aquosa Uma vegetação natural ocorre também em superfícies aquosas como de lagos e oceanos. São principalmente as algas, muito abundantes, que fazem a fotossíntese. Absorvem o gás carbônico (CO2) e liberam o oxigênio. Mas, as algas também respiram e se decompõem quando morrem, produzindo o gás carbônico na mesma proporção que produziu o oxigênio. A superfície do globo terrestre apresenta três quartas partes cobertas por oceanos e apenas uma quarta parte por terra. Dessa forma, a influência dos continentes, e assim da Floresta Amazônica, nas condições físicas, térmicas e hídricas do clima do globo é mínima em comparação com a dos oceanos. Se a Floresta Amazônica fosse substituída por outra cobertura vegetal, como a pastagem ou uma cultura agrícola arbustiva ou arbórea, o efeito na composição da atmosfera terrestre seria desprezível, principalmente se comparada com o efeito da abundante vegetação dos oceanos, que ocupa quase toda a superfície do planeta. Os teores de oxigênio e de gás carbônico da atmosfera sobre os oceanos e sobre os continentes são iguais e continuam sendo sempre os mesmos. Ocupação humana da floresta A floresta natural na ausência do homem civilizado mantém-se virgem em equilíbrio, com todos os seus componentes inclusive o homem em estado selvagem. Quando o homem civilizado vem e ocupa uma região florestada altera em algumas dezenas de anos, seu equilíbrio e transforma o ambiente numa condição favorável à sua sociedade. A floresta não será mais virgem, mas uma floresta antrópica, vegetação resultante de ação do homem sobre a vegetação natural. Como por exemplo pastos, plantações frutíferas, canaviais, etc, como aconteceu com a Mata Atlântica brasileira. São também florestas antrópicas as coberturas atuais da Europa, dos Estados Unidos, da China, do Japão etc. No início do século vinte, quase todo o território do Estado de São Paulo estava coberto pela Mata Atlântica, cerca de 90%, Com o decorrer dos anos a cobertura florestal foi sendo reduzida sistematicamente. Por volta de 1950, na metade do século vinte, já tinha caído para menos de 15%. Com essa enorme redução na área florestada não se verificou alteração sensível nas suas condições climáticas. Elas continuaram favoráveis à vida humana e ao cultivo das mesmas culturas, como anteriormente. O papel da floresta no clima A floresta não tem papel significativo na temperatura da atmosfera terrestre. Certamente, um terreno de solo desnudo, desprotegido, pode apresentar grande variação de temperaturas no seu ambiente microclimático. Mas é um efeito local e não climático. Os fatores que afetam decisivamente a temperatura da superfície terrestre e da atmosfera são a radiação solar e as suas condições geográficas como: latitude, altitude, continentalidade, as massas de ar etc. A floresta não influi na distribuição da precipitação pluvial da região. O regime pluvial é um efeito das condições geográficas e topográficas da região e não da cobertura do terreno. As grandes precipitações da região amazônica são efeito da sua posição geográfica. A foz do Rio Amazonas fica a oeste da região equatorial quente do Oceano Atlântico e pela circulação geral da atmosfera essa faixa latitudinal é caracterizada pelos ventos alísios, que sopram de leste. Assim, depois de passar sobre as águas quentes equatoriais do oceano Atlântico, a atmosfera aquece-se e umedece-se consideravelmente. Dessa forma, penetra pela foz e vale planos do rio Amazonas, subindo seus afluentes, seguindo o curso do rio até as encostas da Cordilheira dos Andes. Nesse percurso as altitudes vão se elevando, as temperaturas caindo, a umidade atmosférica se condensando e as nuvens formando-se e precipitando-se em forma de chuva, independentemente da cobertura do solo, que pode ser de floresta ou não. A floresta que cobre o solo é efeito das condições favoráveis do terreno e do clima. Se houver deficiência de nutrientes no solo, como carência de potássio, de fósforo, de cálcio, de zinco, etc. a vegetação natural será o cerrado. Se houver falta de chuva e carência de água, a vegetação natural será a caatinga. Na grande região central brasileira, os solos são oriundos de rocha sedimentar muito velha, sujeita há milhões de anos à lavagem pluvial. Foi muito lixiviada e empobrecida. Os solos resultantes são igualmente muito pobres. Não suportam uma floresta ou uma cultura agrícola. Sua vegetação natural será raquitizada. É o cerrado. Quando seu solo empobrecido for convenientemente fertilizado pela adubação pode se tornar uma terra de cultura e ser utilizada sem problema para culturas agrícolas, pastagens e mesmo para reflorescimento. No Nordeste brasileiro, onde as chuvas são escassas e irregulares, o balanço hídrico climático pode acusar severas deficiências de água no solo e a vegetação natural não pode ser uma floresta natural, mas sim a vegetação raquitizada. É a conhecida caatinga. Reconhecimento da Amazônia A Amazônia é conhecida pelas margens dos rios, por onde circulam as embarcações. As margens, quando arenosas e muito lavadas pelas enchentes, apresentam terras excessivamente pobres em nutrientes e imprestáveis para a agricultura. Isso dá idéia de que os solos amazônicos em geral são também demasiados pobres e impróprios para a agricultura. Hoje, com novas rodovias, passando pelas terras altas e bem drenadas dos interflúvios, verifica-se que muitos solos são bastante férteis, cobertos de florestas vigorosas, indicativas de solo e clima excelentes para agricultura e pecuária. Considerações finais Uma floresta adulta, vigorosa, em estado de clímax, não é fonte de oxigênio para a atmosfera. Todo o oxigênio que produz pela fotossíntese é consumido pela respiração e pela vegetação senescente em decomposição. Mesmo que produzisse um saldo de oxigênio, ele seria insignificante em face do produzido pela imensa vegetação da superfície oceânica, que cobre mais de dois terços da superfície do globo terrestre. A floresta amazônica é diminuta comparada à enorme cobertura oceânica do Globo, e praticamente não influi no clima geral da Terra. A cobertura vegetal natural de um solo é conseqüência das condições do seu meio. Se forem todas favoráveis, a cobertura natural será a floresta. Se um fator não for favorável, não ocorrerá a floresta. Poderá ser o cerrado, o campo limpo, a caatinga, o solo nu etc. Se houver influência da ocupação humana civilizada, a cobertura do solo não será a natural. Será uma cobertura antrópica, que poderá ter áreas florestadas ou não, segundo as conveniências do homem. O destino de uma Floresta Amazônica antrópica será o mesmo da Mata Atlântica atual. Ficará equilibrada, e em harmonia com a presença do homem. Quem viver, verá! www.mnp.org.brParabens Sr. Celso, artigo muito esclarecedor.
Sr. Celso de Almeida, faltou ao respeitável articulista fazer referência e comentar sobre a incomparável BIODIVERSIDADE DA FLORESTA que, apenas por isso, justificaria a sua preservação, ou, no mínimo, explorada de maneira mais racional!! Nosso país CONTINENTAL pode se dar ao "luxo" de ir MAIS DEVAGAR COM A FLORESTA, pelo menos até a CIÊNCIA "BATER O MARTELO" em aspectos hoje "POLÊMICOS", o que possibilita espaços para discussões e argumentações frágeis, baseadas na IDEOLOGIA!!
Saudações,
Ninguém quer dizimar a Floresta Amazônica. A biodiversidade deveria ser preservada pelas Reservas públicas. Mas a diversidade da Amazônia está saindo do Brasil e sendo patenteada no Exterior. Está na hora de se fazer um levantamento dessas patentes e proibir o seu livre tráfico e produzir genérico de tudo que foi roubado. A questão é de soberania e segurança nacional. O tráfico de madeira deve ser investigado. A concessão para exploração das Florestas Públicas por 40 anos renováveis por mais 40 anos, inclusive por estrangeiros, deve ser investigado. De outro lado, o que fazer com mais quinhentos mil micro-proprietários de terra, não se sabe quantos, que praticam o alqueive e queimam a coivara todos os anos, estimulados pelos governos estaduais e municípios para produzirem alimentos na Amazônia LEGAL????. Queimadas legais captados pelo satélite como focos de incêndio.... Sem contar com a bandidagem que derruba a mata e contrabandeia tudo que tem na superfície e no subsolo.
(Segue meu post "Primavera, a Árvore e o Homem": ... Noticia-se como avanço ambiental a atividade Integração Lavoura Pastagem Floresta, desde que se conceba o SISTEMA PLANEJADO.... Excelente, pois o boi é fruto da captação de carbono e reciclador de nutrientes do solo. O pasto perene pela renovação contínua é uma máquina fotossintética e forte agente biológico na melhoria dos atributos do solo. Quando associados à floresta em linha com a pastagem e em blocos no sistema misto lavoura/pasto (neste caso nunca em fileira), há de se considerar se o solo é plano e de alta aptidão agrícola na escolha do ecossistema em que o principal componente é o Homem. Elementar"... [email protected]
Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
Na última decisão do Supremo sobre o Código Florestal abordou que deve-se respeitar a identidades ecológicas e não os Biomas. Com certeza quis se referir a Distribuição dos Domínios Ecológicos apresentada pela Embrapa, ECO 92 (mapa anexo). No trabalho intitulado EMBRAPA. (Brasília, DF). Embrapa, meio ambiente e desenvolvimento. Brasília: 1992. 79p.
Os Biomas foram aceitos na Câmara em sessão tumultuada com viés de ambientalistas profissionais, que apresentam erros de interpretação, como o Parque do Iguaçu situar-se no Bioma Atlântico. A Mata Atlântica tem uma abrangência costeira, como o disposto nos Domínios Ecológicos. Embora, tenha divulgados vários artigos abordando o tema, durante o trâmite do código florestal, minha contribuição é unipessoal, com o fito de estar ainda contribuindo em algum ponto. Se permite alongar, somente Código de Ocupação e Uso do Solo, poderá corrigir a insegurança jurídica da subjetividade do Artigo Primeiro Paragrafo Único do Código Florestal. dominio-ecologico.jpgCelso de Almeida Gaudencio Londrina - PR
Esquema de Campo do Sistema Misto Integrado Lavoura – Pastagem Associado ao Reflorestamento
Piquete A Bloco 1 Piquete C Bloco 3 Piquete E Piquete B Bloco 2 Piquete D Bloco 4 Piquete F A floresta não é Intercalar (fileiras) em sistema associado a lavoura e sim em Blocos. O usual é intercalar a floresta no Sistema Silvipastoril. Planejamento da ocupação do solo na propriedade Reserva Legal RL obrigatória 20% Reserva Permanente atribuída* 10% Depende dos cursos de água Área Florestada 07% 37% arborizada Pastagem 21% Lavouras 42% Lavoura+pastagem=63% 100% Considerações Finais Em solos de alta aptidão agrícola e planos é preferíveis adotar sistemas de rotação de espécies anuais e de cobertura verde do solo, com ou sem integração agropecuária na estação fria ou seca, e/ou sistema misto lavoura pastagem (ver documento de recomendações técnicas da Embrapa-Soja para o Paraná), sem o uso de florestas em função das desmedidas exigências florestais a partir de 1986, tanto quanto de Reserva Legal como de Preservação Permanente, superior ao estabelecido no Estatuto da Terra, quando grande parte das áreas foram abertas e consolidadas.