Ministra x Crédito Rural, "Nada mais justo do que ouvir o choro dos produtores", diz Kátia Abreu

Publicado em 26/08/2015 11:45
Crédito Rural: Ministra Kátia Abreu diz que "é justo ouvir o choro dos produtores". Há apenas 20 dias do início da nova safra de verão, ainda há problemas na liberação dos recursos e ações do Mapa não passam de marketing. Veja o comentário de João Batista Olivi.

Faltando apenas vinte dias para o inicio do plantio da safra 2015/16, produtores e entidades agrícolas tem relatado diversos problemas para conseguir a liberação do crédito rural junto as agência bancárias.

Visando discutir esse assunto, a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu com entidades do agronegócio e representantes de bancos públicos e privados em Brasília. E na ocasião a ministra afirmou que "nada mais justo do que ouvir o choro. Ninguém chora sem motivo", declarou.

Para o jornalista João Batista Olivi, além da infeliz frase proferida pela ministra, essas reuniões não passam de marketing, pois "solução mesmo não foi apresentada". Como desfecho ficou apenas marcado um novo encontro daqui um mês a fim de avaliar a evolução das contratações.

Entre as reclamações apresentadas pelos produtores, está o aumento das exigências dos bancos na hora de contratar financiamento, inclusive com garantia real. Além disso, há queixas sobre venda casada e sobre “mix” de taxas, quando há mistura entre recursos controlados e crédito livre.

A ministra ponderou ainda que os bancos devem respeito ao acordo de Basileia, por isso têm a obrigação e a responsabilidade de analisarem o nível de risco das contratações. Mas no caso dos bancos públicos houve um aumento de 30% nas contratações no mês de julho.

"Subiu 30% em relação ao que?", questiona o jornalista afirmando que nos mesmo período do ano passado a porcentagem de financiamentos era zero, haja vista que naquela ano o "financiamento foi estancado por causa da crise provocada por esse mesmo governo", ressalta.

Por fim João Batista questiona também a falta de pronunciamento da ministra sobre a onda de invasões de propriedades privadas pelos indígenas e grupos do MST (Movimento do Trabalhador Rural Sem Terra). "Há pelo menos 100 fazendas invadidas pelos índios, mais outras tantas tomadas pelo MST, e não ouvimos a ministra Kátia Abreu se posicionando sobre esse ponto que é fundamental para o produtor rural", conclui.

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Por:
João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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4 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Excelente teu video, João Batista Olivi..., esse é o tipo de jornalismo que precisamos. Chamar os produtores rurais de bebes-chorões só podia vir de uma desqualificada como Kátia Abreu. Muito importante tua postura, pois essa mulher vai ter de aprender a tratar os produtores rurais e seus interlocutores com respeito. Há tempos venho dizendo que o grupo de Kátia Abreu deve ser retirado urgentemente da CNA. Onde estão as lideranças? Estão dispostos a serem capachos da capacho de Dilma?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo não é a Kátia Abreu a única culpada.

      Veja como é o "sistema": Quando o produtor rural (pessoa física ou jurídica) recolhe sua contribuição sindical, os recursos arrecadados, retirados os custos da cobrança, são distribuídos conforme estabelece o artigo 589 da CLT:

      I - 20% destinam-se ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE;

      II - 60% destinam-se ao Sindicato Rural;

      III - 15% destinam-se à Federação de Agricultura do Estado; e

      IV - 5% destinam-se à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ? CNA. Agora se o senhor for ver quais foram os presidentes da CNA nos últimos anos, o cargo é quase que perpétuo, inclusive das presidências das Federações Estaduais, os presidentes são "profissionais" do cargo.

      A pergunta do "renato duque", escrito em "caixa baixa", quando estava sendo preso pela PF na Operação Lava Jato, mostra bem:

      QUE PAÍS É ESSE ???

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Ah! Quanto a divisão do butim a maioria dos presidentes dos sindicatos não têm a informação precisa do que foi arrecadado da sua área de influência. Só para ter uma ideia, faz anos que a data do vencimento da contribuição é fixa "VINTE DE MAIO". Quando esta data ocorre num sábado ou domingo, experimente ir numa agência do Banco do Brasil na segunda-feira e, pagar sem a multa e os juros incidentes no boleto. Ah! Outra coisa vá no Sindicato da sua cidade e pergunte para o presidente se ele sabe quais são "os custos de cobrança" e, se ele tem a informação de como foram negociados tais custos entre as entidades bancárias. ESTOU FALANDO DE UM TRIBUTO ARRECADADO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL !!! QUAL É O MONTANTE ???

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Rensi, muito bons seus esclarecimentos, mas numa estrutura hierarquizada, onde a principal motivação e fonte de poder é o pixuleco, só se derruba todo o sistema, se for cortada a cabeça. Todos os brasileiros conscientes sabem que o roubo e a corrupção só vão acabar se Dilma sair. No caso do dinheiro, a falta de transparencia é parte do método. Quando vamos à um sindicato e nos deparamos com um adesista, não há argumento que o convença, temos que retira-lo do cargo, quando é alguém desinformado, precisa ser avisado e convencido a trabalhar contra o fortalecimento desses grupos de poder. Vai ser a maior desgraça o Brasil escolher pela permanencia de um sistema onde são necessários lideres iluminados a guiar a massa inculta e burra, com a carga nas costas, o Fascismo Sr. Rensi é o "Nacional Socialismo", onde Estado, melhor dizer, os seus burocratas, mandam em tudo. Fascistas debocham dos justos, riem dos honestos, desprezam o direito e a justiça, para eles só o que importa é o poder.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Rensi, pense na felicidade de termos um jornalista capaz de confrontar as falas da ministra, com coragem para faze-lo. Ninguém percebe que ao rebater as falas da ministra e classifica-las como conversa fiada, com apoio de pessoas que tem influencia sobre as lideranças, e coragem para confronta-las, isso Sr. Rensi, é uma coisa nova. As entidades adesistas, com seus representantes sempre ao lado dos poderosos, aqui no Noticias Agricolas, podem ser confrontadas, podem ser questionadas e o mais importante, colocadas em seus devidos lugares. Aqui o que vale Sr. Rensi é a inteligencia, dada por Deus, é coisa que dinheiro nenhum do mundo pode comprar. É bem verdade que um pobre, por mais inteligente que seja, sempre receberá o desprezo dos injustos, mas os mentirosos, ladrões e traiçoeiros, farão o diabo e o diabo mesmo os carregará.

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    • beto palotina - PR

      meus amigos eu pago cerca de 11000 reais nessa merla d contriubuicao e ainda assisto d.katia ferrar com agente , na maioria dos casos os presidentes dos sindicatos sao agricultores e dao apoio a cobranca sera q eles tambem levam uma parte nisso e facil so niguem mais paga e dexa a cna executa todo mundo e ve o que vai da

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    • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

      Para esclarecer Os Dirigentes dos Sindicatos obrigatoriamente devem ser Agricultores, pois este sindicato pertence a classe. Quanto a contribuição está é definida por Lei Federal. Não apoiamos a contribuição o que pedimos e saber votar melhor p que possamos mudar não só está Lei , mas as questões que envolvem Indígenas, Leis Trabalhistas e Politicas publicas eficientes p o Setor Produtivo. Caso queira melhores informações sobre contribuição o Sindicato da Sua Cidade está a sua Disposição. Basta identificar_se.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Beto, O QUÊ O SR. ACHA QUE ESTOU FAZENDO ???

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Edmilson, o senhor como um produtor rural esclarecido, o senhor poderia me informar porque a data de vencimento da Contribuição é fixa no dia "VINTE DE MAIO" ao longo dos anos? Ah! Em Palotina o presidente do sindicato tem como informar, não os sócios, mas o agricultor que paga a contribuição, qual o valor a ser arrecadado do ano de 2015 e, o que foi arrecadado até a presente data! Afinal, estamos em pleno século XXI e as informações podem e devem ser on line. A pagina da CNA tem até tradução instantânea em mandarim, vocabulário chinês. Qual é o custo para que essa tradução tenha que ser feita pela CNA e não pelo GOOGLE ?

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    • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

      Sr.Paulo Roberto, quanto as questões levantadas acima , não são do conhecimento dos sindicatos , volto a comentar que não concordo com a forma e o valor cobrado , o que questionei foi a forma do comentário do Sr. Beto com relação ao envolvimento dito por ele em suposta participação na contribuição , Relatei que a contribuição é uma Lei Federal e é preciso mudar a forma e muitas outras coisas relacionadas a está contribuição , inclusive a Conduta dos Dirigentes da CNA que pouco ou quase nada presta conta de seus atos. Mas enquanto a classe do setor Rural não se unir não mudaremos os rumos deste desmando.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Edmilson concordo em gênero, número e grau. Aproveito para estender a conduta dos dirigentes das Federações Estaduais e, uma porão de Sindicatos Municipais, pois todos são elos de uma mesma "corrente"!!!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Ora, esse dinheiro da contribuição serve para manter uma estrutura em Brasilia em caráter permanente. É uma boca livre para os dirigentes que ocupam os cargos mais altos da hierarquia. Kátia Abreu se imbuiu de um espirito corporativista e patrimonialista em relação à CNA, além disso colocou seus interesses politicos acima daquilo que seria a finalidade da entidade. E por último, por puro oportunismo, aderiu á uma ideologia que nem sequer compreende e também á politicagem baseada em slogans, "A Nova Classe Média Rural". Outra coisa, ninguém usa o site da CNA por ele não trazer nenhuma informação relevante aos produtores, tudo lá é falsificado e direcionado ao proselitismo politico.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Amigos, assistam esse video, para facilitar ouçam dos 7 minutos aos 9:30, o que é dito ali vale também para Kátia Abreu, que apoia Dilma.

      http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/videos-veja-entrevista/j-r-guzzo-no-aqui-entre-nos-o-estado-de-direito-agradece/

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  • Valdir Edemar Fries Itambé - PR

    Bom questionamento, caro amigo João Batista Olivi... O volume de emprestimos subiu 30% em relação a que? Aumento de 30 % poderia ser manchete publicitaria (a liberação de crédito para o mês de julho se comparado o mesmo mês de 2015 em relação ao mês de 2014) caso o governo tivesse atendido a demanda de crédito de pré-custeio nos meses anteriores... Para esclarecer melhor, se compararmos o primeiro semestre de 2015 o governo deixou de liberar 3.7 bilhões de reais em pré-custeio se comparado o mesmo período de 2015 e 2014... O sensacionalismo de Katia Abreu em querer aparecer não deu certo, porque se analisarmos os números divulgados em relação a liberação de julho de 2015, o governo liberou aproximadamente 11.59 bilhões de reais contra 8.88 bilhões liberados em julho de 2014, ou seja, liberou 2.71 bilhões a mais se comparado o decorrer no mesmo mês... Porém se computarmos a questão pré-custeio e custeio da safra 2015/2016 teremos, até o momento, um volume de recursos NEGATIVO... Na verdade o governo liberou, ou melhor deixou de liberar R$ 990 milhões, ou seja deixou de liberar praticamente 1 bilhões de reais em relação ao ano passado, o que significa que o governo até então liberou 2% a menos que liberou no ano passado... Bem que a Ministra Katia Abreu tentou um evento para se promover, no entanto o tiro saiu pela culatra, os números não mentem.... Como diz o amigo João Batista Olivi... "subiu 30 % em relação a que?".

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Muito bom teu comentário Valdir. Parabéns.

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  • Néri Perin Brasília - DF

    O tamanho da crise que vivemos é sem precedente! o único setor que pode reagir é o Primário (agricultura).... A indústria e o comércio estão paralisados.. Mais que nunca precisamos da Agropecuária para, economicamente, respirar. Mas sem crédito rural estaremos asfixiados. Oportunas palavras amigo João Batista, torcemos para que seja ouvidas...

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Insistindo. Não há credito rural porque os bancos oficiais estao aplicando em titulos da união o saldo diario das cc. Entao não recolhem ao BC, tapam o buraco das pedaladas e some o credito rural.

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    • tarcizio Grandi PASSO FUNDO - RS

      Muito interessante ,proveitoso, bem apresentado é tudo o que de informações sôbre o mercado. Parabens por tudo e obrigado..Tarcizio Grandi

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Aonde vai parar isso? E o TCU parado esperando Dilma dar explicações sobre as pedaladas, também pudera, segue o exemplo do TSE que não viu nada de errado com o dinheiro da petrobrás que foi para nas contas da campanha da Dilma e seus aliados.

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