Luana Ruiz fala ao Notícias Agrícolas e volta a defender o direito de propriedade e a resistência

Publicado em 10/09/2015 12:47
Questão Indígena no MS: Família de Luana Ruiz continua cercada em Antônio João. Sem solução, polícia segue no local para evitar novas invasões, mas sem agir para retirar os invasores. Luana continua defendendo a resistência e o direito de propriedade, e volta a reafirmar: que os invasores não deem um passo a frente, pois os proprietários reagirão armados.

A advogada Luana Ruiz Silva, filha de proprietários de uma das fazendas ocupadas há mais de duas semanas por índios no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande, relata os momentos de tensão que a família está passando na fazenda Barra.

Impedidos de sair da propriedade temendo novas invasões, o produtor rural Pio Queiroz e sua esposa presidente do Sindicato Rural de Antonio João, Roseli Maria Ruiz, estão cercados em sua propriedade.

Segundo Luana, a situação continua a mesma em Antonio João (MS). As fazendas Cedro e Primavera continuam ocupadas pelos índios, que também estão em parte da Fazenda Fronteira.

Para se locomover e realizar o gerenciamento das atividades das propriedades, os produtores e funcionários precisam de escoltamento dos Policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), e o Ministro da Justiça do Mato Grosso do Sul, segundo a advogada, já declarou que "mesmo com determinação em primeira instancia de reintegração de pose, elas não serão cumpridas", ressalta Ruiz.

Diante desse cenário, a advogada afirma ser a favor de uso de arma de fogo para defesa das propriedades uma vez que "a utilização da arma, quando todas as alternativas não tem sucesso, é legal e legitima", pondera.

Recentemente um episódio envolvendo a morte de um índio na região de conflito causou um grande desgaste. Os fazendeiros alegam que o tiro tenha partido das forças de segurança, mas as lideranças indígenas afirmam que o disparo foi dado por proprietários das fazendas. Segundo Ruiz, os proprietários que estiveram presentes neste no incidente não utilizavam armas de fogo, "caso contrário o desfecho seria muito pior".

Para ela as invasões de propriedades privadas se tornaram um 'instituto' a qual os invasores realizam suas ações na certeza da impunidade, e esse é o grande desafio que os produtores precisam se organizar para coibir.

Ruiz afirma que a própria Funai (Fundação Nacional do Índio) reconheceu que não haviam populações indígenas na região antes do emprego da Constituição 1988 "por isso será aplicado um marco temporal e o reconhecimento como área não indígena", explica ressaltando que mesmo com a certeza de vitória no processo, ele será longo.

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Por:
João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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9 comentários

  • carlo meloni sao paulo - SP

    LUANA RUIZ, FALEI DO TEU CASO PARA ELIANE CANTANHEDE E ELA GOSTARIA DE CONHECER OS DETALHES DA ESTORIA --- POR FAVOR ESCREVA PARA ELA --- [email protected]

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  • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

    Mas que tal invadir uma aldeia da indiada?

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  • Rogerio Zart Campo Grande - MS

    Somente hoje tive oportunidade de assistir a entrevista da Luana Riuz, sobre as invasões kaoiwás em MS... parabéns, Luana, pela forma clara, objetiva e corajosa de seu posicionamento e da maneira inteligente como entende a questão indígena. Concordo plenamente com a teoria integracionista em substituição a forma demagógica, interesseira e equivocada da teoria preservacionista. Como vc. bem colocou... o índio não quer ser mantido no estado primitivo, e, sim, ser reconhecido como cidadão brasileiro, a exemplo de outras etnias. Sua cultura e suas tradições, sim, deverão ser preservadas.

    Estamos solidários, Luana, com você, sua mãe, Roseli, seu pai, Pio, o Dácio, emfim, com todas as famílias que estão sofrendo esse constrangimento, e, acima de tudo, essa injustiça!!

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  • Antonio Carlos Martins Maia Salvador - BA

    Chegamos a um ponto (como fala a dra. Luana Ruiz, em um apelo público da classe, para haver uma união), chegamos a um ponto que se não houver uma atitude das autoridades, voltaremos aos tempos do velho oeste. Os que estão transformando os índios em massa de manobra não passam de um movimento socialista ultrapassado e que está defendo interesses de mercados externos, criando com isso a baderna e o caos. Agora me pergunto, aonde está a nossa representação de classe, a Faeb, cadê a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que tinha a bandeira do produtor e de uma classe que vem sustendo o comida na mesa da população,... agora é outra..., quando ao DEP. RONALDO CAIADO, que criou a UDER, e hoje os esquerdistas a consideram como uma organização radical, só que é ele quem mais apoia a classe dos produtores.... Parabéns a vc João Batista, pelo companheirismo com nossa classe, e à Dra. Luana Ruiz. Estamos vivendo um estado de tensão e os dirigentes estão contribuindo para isso, ou tem interesse em que se aconteça. BRASILEIROS, somos a maior nação em produtividade no agronegócio, incomodamos muita gente lá fora. Recomendações.

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  • Renato G. Ferreira Itajubá - MG

    Luana Ruiz,, concordo com vc. e a apoio em 100%... sucesso a vocês que estao na linha de frente da luta contra essa situação inconstitucional absurda, fomentada por este governo anarquista... Que os produtores e pessoas de bem que estão aí próximos de vocês os ajudem nesta defesa incondicional da propriedade privada aí no MS.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Se o poder judiciário determina e o poder executivo não cumpre, para que serve a lei? Ora, ora, Sr. ministro Cardoso, você afirma que não cumprirá determinação da justiça para evitar confronto, certo? Pois é, e se houver o confronto? De quem será a responsabilidade? Já que usar o descumprimento de uma determinação judicial como um meio, valendo-se de um cargo de autoridade, de evitar que o conflito siga adiante, se após invadidos, com determinação da justiça em mãos para reintegração de posse, houver tentativa de resolver por conta própria,... a responsabilidade é sua ministro e do MPF. Vocês não estão nos cargos públicos institucionais para praticar o exercicio da própria vontade. Esse é o problema, as lideranças, os politicos, as entidades, as instituições públicas, as autoridades, não são responsabilizadas, ou melhor não são punidas quando não cumprem com seu dever. O governo do PT tornou-se algo pior do que aquilo que dizia combater.

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    • adegildo moreira lima presidente medici - SC

      O que mais presenciamos em nosso pais é o receio de tomar decisões, mesmo para aqueles que ocupam cargos com esta caracteristica essencial, todos querem transferir responsabilidades, se o executivo atraves de seus orgaos nao efetua cumprimento das decisoes judiciais, elas se tornam vazias, tornando questionavel ate mesmo nosso tripe de poder como sustentaculo da democracia. A nocao de propriedade vem sendo deteriorada segundo conveniencias, por interpretações nao juridicas, mas é hora de dar um basta. Qualquer tragedia deve ser responsabilidade daqueles que se omitem, pois no caso do carandiru nao tiveram o menor receio de punirem os poucos que tomaram atitudes, e lançando nas sombras da impunidade varios outros que tinham obrigação de decidir e nada fizeram neste sentido, seja por um lado ou por outro.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      UM MINISTRO DA JUSTIÇA QUE NAO ACATA A DECISAO DO JUDICIARIO.------

      E' A CEREJA DO BOLO----

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  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

    Sabem porquê nos EUA não há invasões de propriedade como no Brasil? não é por causa do judiciário, é por causa da segunda emenda, da lei de defesa da propriedade que se chama "stand your ground".

    O que garante a propriedade privada e o estado de direito é o cidadão honesto bem armado e fazendo uso dessas armas quando preciso!

    Por isso a esquerda quer tanto acabar com a segunda emenda nos EUA, principalmente proibindo rifles semi automáticos, pois esses equalizam a força do cidadão perante as hordas socialista/comunistas/terroristas.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Guilherme eu nao conhecia esse termo---Obrigado por me enriquecer com o seu conhecimento---Esses sao os comentarios que realmente tem valor.

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  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

    perfeito Luana, tem todo meu apoio!

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Batista, PARABÉNS !!! Essa entrevista é uma AULA MAGNA DE CIDADANIA BRASILEIRA !!!

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