Em Laguna Carapã (MS), tempo nublado e chuvas em excesso prejudicam desenvolvimento da cultura da soja

Publicado em 26/11/2015 09:15
Em Laguna Carapã (MS), tempo nublado e chuvas em excesso comprometem desenvolvimento da cultura da soja. Muitas áreas estão alagadas e não será viável fazer o replantio. Produtividade das lavouras deve ser menor nesta temporada. Aparecimento de doenças pode impactar em produtividade e nos custos de produção, que já estão mais altos.

Na região de Laguna Carapã (MS) o tempo nublado, excesso de chuvas, e a presença de ventos fortes e granizo, tem prejudicado o desenvolvimento da cultura da soja safra 2015/16.

De acordo com o técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto, a falta de luminosidade compromete o crescimento das plantas e pode gerar um menor rendimento das lavouras neste ano. Além disso, a alta umidade favorece o aparecimento de doenças fungicas e as chuvas constantes impedem os tratos culturais.

"A soja é uma lavoura que precisa de umidade e luz para crescer, mas com o tempo nublado o desenvolvimento é mais lento e pode haver o aborto de flores", explica Neto. Neste cenário, o técnico agrícola alerta que os produtores poderão ter gastos adicionais para tratar as lavouras caso o padrão climático não se altere.

Além da preocupação com doenças, os produtores da região também relatam algumas áreas que foram afetadas por fortes chuvas e ventos, impossibilitando até mesmo o replantio. "Quando chove desta forma, as áreas aqui demoram bastante para perder a umidade - principalmente nas áreas baixas - então o produtor não consegue entrar na área", explica.

Neto alerta ainda que esse cenário de alta umidade no solo pode se estender também na cultura do milho safrinha, impedindo que o plantio seja realizado nessas lavouras que foram inundadas.

Diante desses acontecimentos a tendência é que a região tenha uma queda na produção, ficando a baixo do rendimento médio da safra passada, entre 48 a 52 sc/ha. "As terras que estão bem estruturadas de 40 a 60 de argila, a soja consegue não perder tantos nutrientes, mas tem muitas áreas abaixo de 40 de argila onde a planta perde muito nutriente. Se continuar assim a tendência é que a média da região caia para 40 a 45 sacas por hectare", pondera Neto.

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Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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