Soja sente forte pressão do cenário externo e fecha com quase 20 pts de queda
Uma junção de fatores pesou sobre os preços na sessão de hoje provocando esse forte recuo. O tom negativo do mercado financeiro, mais a alta do dólar, a demanda ainda um tanto lenta e o clima favorável à colheita no Meio Oeste dos Estados Unidos foram os principais atores desse fechamento negativo.
No cenário macroeconômico ainda há muita desconfiança. Os traders ainda operam com insegurança, cautela e forte aversão ao risco, uma vez que o mercado não apresenta resoluções concretas e medidas de fato implementadas para conter a expansão e o agravamento da crise da dívida na Zona do Euro.
Além dos problemas vindos da Grécia, o mercado agora enfrenta más notícias vindas da Itália. Com isso, a fragilidade da situação ainda é grande e segue preocupando muito os negócios. Com isso, como em outras ocasiões, os investidores tiram suas posições das commodities - ativos bastante voláteis - e as empregam em ativos mais seguros.
Como explicou o analista de mercado Leonardo Menzes, da Céleres Consultoria, o mercado de commodities ainda está intimamente ligado ao desempenho do mercado financeiro e "enquanto não houver uma solução para esses problemas, os preços não devem sair dos atuais patamares".
No campo fundamental, apesar das boas expectativas para a demanda, a mesma ainda se mostra um pouco lenta. Nem mesmo os atuais patamares de preço estimulam as compras e isso também pressionou o mercado nesta segunda-feira.
Sobre o clima, as boas condições para a colheita nos EUA e para a evolução da safra na América do Sul estimularam ainda mais as baixas registradas hoje.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: