Caminhoneiros fecham Porto de Itajaí e Terminal de Navegantes, em SC

Publicado em 27/02/2015 14:01

Caminhoneiros autônomos que prestam serviço no Porto de Itajaí e Terminal de Navegantes, em Santa Catarina, fecharam a entrada dos dois locais por volta das 11h desta sexta-feira (27). Eles seguiam impedindo passagem até as 13h desta sexta.

Conforme a guarda portuária por meio da assessoria do Complexo Portuário de Itajaí, cerca de 150 pessoas impedem a passagem no gate portuário. Faixas e motos foram colocadas em frente ao acesso para impedir o deslocamento.

O movimento é organizado pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Containeres e Cargas em Geral de Itajaí e Região (Sintracon). Eles reivindicam melhor atendimento em portos e terminais, além de questões trabalhistas.

Veja a notícia na íntegra no site do G1 SC

NA VEJA: (COLUNA RADAR DE lAURO jARDIM): 

72 rodovias

Caminhoneiros: a greve continua

Caminhoneiros: a greve continua

O movimento dos caminhoneiros continua e uma grande (e preocupada) empresa acaba de fazer um levantamento das estradas bloqueadas pelo Brasil. Ainda não há preocupações quanto ao desabastecimento de regiões, mas a circulação de mercadorias está cada vez mais comprometida. Neste momento, 28 rodovias federais e 44 estaduais estão bloqueadas no país.

Por Lauro Jardim

EM VEJA.COM: 

SP: caminhoneiros bloqueiam Dutra por uma hora e meia

Protestos seguem pelo país, apesar de multas. Polícia Rodoviária Federal registrou outros 59 pontos de interdição em rodovias federais de 5 Estados

Caminhoneiros protestam na rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos, na Grande São Paulo - 27/02/2015

Protesto de caminhoneiros paralisa a Via Dutra no sentido Rio de Janeiro (Eduardo Carmim/Brazil Photo Press/Folhapress)

(Atualizado às 18h)

Apesar do anúncio de multas altíssimas feito pelo governo federal, caminhoneiros continuaram a bloquear estradas pelo país nesta sexta-feira. Por volta das 15h30, um grupo paralisou o trânsito na Rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, na direção da capital carioca. A paralisação durou uma hora e meia e foi encerrada por volta das 17 horas.

Segundo a CCR Nova Dutra, concessionária que administra a via, foi bloqueado o trecho entre os quilômetros 228 e 231, na saída da capital paulista para o Rio. Imagens exibidas pela Globo News mostraram que os caminhoneiros deixaram os veículos estacionados na via e se concentraram em frente ao bloqueio com bandeiras e faixas — eles protestavam contra o reajuste no preço do diesel. O bloqueio na Dutra chegou a impactar o tráfego em outras vias importantes de São Paulo, como a Marginal Tietê.

A Polícia Rodoviária Federal registrou, em balanço divulgado nesta tarde, 61 pontos de interdição em rodovias federais de cinco Estados — Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que a PRF aplicará multa de até 10.000 reais por hora para os motoristas responsáveis pela paralisação das rodovias. Os bloqueios, que se intensificaram nesta semana, provocaram o desabastecimento em diversos pontos do país.

Leia também:
Caminhoneiros voltam a fechar estradas; polícia usa bomba para liberar via no RS
Governo decide multar e aciona PF contra caminhoneiros

(Da Redação de Veja.com.br).

Clique aqui e confira mais informações sobre a greve dos caminhoneiros: 

Greve dos caminhoneiros continua e Porto de Rio Grande recebe só metade das cargas

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Por Marcelo Teixeira

SÃO PAULO (Reuters) - O bloqueio de estradas por caminhoneiros grevistas no Brasil não afetou até o momento as operações no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, o principal canal de exportação de processados de aves e suínos no país.

Mas a situação é preocupante mais ao sul, no porto gaúcho de Rio Grande, o terceiro principal corredor de exportações de grãos do Brasil, onde somente metade das cargas agendadas tem chegado.

Em Itajaí, que possui uma grande operação de contêineres refrigerados, foram registradas apenas pequenas manifestações nas áreas próximas ao complexo, que não chegaram a prejudicar o fluxo de produtos em nenhum momento nesta semana, disse a assessoria de comunicação do porto.

Processadores como a BRF reportaram problemas nos últimos dias em unidades de produção de aves e suínos, devido a falhas no abastecimento de ração, e também alguns problemas no transporte de mercadorias dentro do país.

Mas as exportações aparentemente não estão sendo afetadas.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) informou que seus associados têm conseguido manter embarques externos praticamente dentro da normalidade.

A situação parece ser mais preocupante na área de grãos.

Além do porto de Rio Grande, o de Paranaguá, no Paraná, o segundo maior canal de exportação de grãos do país, tem enfrentado grandes problemas no recebimento de cargas e só conseguiu manter o carrregamento de navios devido aos estoques nos silos do porto.

Em Rio Grande, somente metade do volume normal de mercadorias (soja, milho, arroz, fertilizantes) tem chegado.

"Os estoques no porto estão no fim. Poderemos ter problemas para manter carregamentos de navios durante o final de semana", afirmou nesta sexta-feira André Zenobini, assessor de imprensa do porto.

O Rio Grande do Sul concentra o maior número de bloqueios de rodovias desde o início do movimento de protesto dos caminhoneiros, há dez dias.

Protestos afetam 60 unidades de aves e suínos e oferta interna e externa, diz associação

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SÃO PAULO (Reuters) - Sessenta unidades industriais de processamento de aves e suínos estão "parando" no Brasil devido aos protestos dos caminhoneiros nas estradas, que afetam principalmente o Sul do Brasil, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

O abastecimento interno e externo de carnes também está prejudicado, disse Turra.

"Estamos extremamente preocupados, porque há 60 unidades industriais parando no Brasil, principalmente no Sul. Redução de mais de 50 por cento no número de abates, tanto de suínos como de aves", afirmou Francisco Turra, em entrevista à Reuters.

De acordo com o presidente da associação, os "supermercados estão reclamando da falta de produtos" e começam a chegar reclamações de compradores externos "devido a contratos de exportação não realizados, não cumpridos".

O Brasil é o maior exportador global de carne de frango.

Entre as empresas com problemas estão as gigantes do setor BRF, JBS e Aurora.

Segundo Turra, os protestos, que entraram nesta sexta-feira no seu décimo dia, também afetam o abastecimento de ração, para alimentação das criações.

"Estamos impressionados com falta de alimentação dos frangos. Não tem acesso a milho e farelo de soja. Aves estão passando fome, passando dois dias sem comer. Houve até início de canibalismo. Situação muito crítica", acrescentou.

(Por Marcelo Teixeira; texto de Roberto Samora; Edição de Raquel Stenzel)

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Fonte:
Reuters + G1 + veja

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2 comentários

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Sabem porque não há milho e farelo para produzir rações!!! porque os estoques são REDUZIDOS..e sabem porque!!!! para deixar os preços ao produtor mais comprimidos!!!! e também para aproveitar e transferir o que compram na bacia das almas nas regiões de preços mais baixos na safra onde o preço é micharia e usam os camioneiros também na entre safra( fretes baixos ) para levar as suas fábricas...hora driblar as rodovias federais para entregar ração em Chapecó..Xanxere...S Miguel..Concórdia...Videira..Campos Novos...Catanduvas..etc etc..qualquer nó cego resolve...quem não conhece compra!!! quem fez isto sabe qual a verdade..claro que o frete vai custar mais caro..mas há como resolver e entregar rações sem uso da da 282..153..163...é só querer fazer e se tiver estoque..este sim é BAIXO para explorar o produtor rural e o camioneiro..esta é a verdade...

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  • Pedro E. Neto Gaviao Peixoto - SP

    "Estamos impressionados com falta de alimentação dos frangos". E nos com a dificuldade de sustento das famílias de caminhoneiros, dos agricultores e toda essa classe que sustenta esse Pais e sequer tem o reconhecimento da população, pois somos obrigados a entregar nossa produção a preços que não cobre os custos. Mas isso é passageiro em 2017 teremos grana suficiente para pagar a documentação dos tratores e outros equipamentos que deverão ser emplacados para transitar em vias públicas a partir de 1º de janeiro de 2017.

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