Um estímulo à competitividade da indústria brasileira, por José Luis Tejon
A não competitividade da indústria brasileira pode se transformar no maior obstáculo para o progresso do Agronegócio brasileiro.
O Brasil é considerado um dos países mais fechados no mundo, um grande protetor da sua indústria. Uma pesquisa da Heritage Foundation dos Estados Unidos, que avalia os países quanto a defesa da sua livre iniciativa, diz que estamos no 134º num ranking que Congrega 186 países. Ou seja, um dos piores níveis de liberdade comercial no mundo…
Nossa balança de pagamentos está hoje totalmente dependente do agronegócio e, dentre nossos maiores clientes internacionais, está exatamente a China…
Em um ano como 2017, onde se prevê redução do movimento do comércio internacional, as guerras comerciais serão fortemente valorizadas nas relações entre quem compra e que também quer vender.
As políticas desastrosas industriais, mais voltadas ao curto prazo e com forte foco político eleitoreiro, como vimos nos setores automobilístico, eletroeletrônicos, gás e petróleo nos colocaram nos últimos anos num forte viés ideológico protecionista, num mundo de fortíssima necessidade de integração global, cadeia de valor extrafronteiras, e necessidade de competitividade mundial a níveis de custos globalizados. Resumindo, condições competitivas de custos que resistam aos competidores internacionais e inovação e tecnologia comparada, positiva.
No dentro da porteira, o Brasil tem revelado ser um agente competitivo de valor. Mesmo prejudicado pelas condições tributárias e estruturais distantes dos demais competidores…, Mas doravante, para vender precisaremos comprar, e um setor industrial não competitivo e protegido poderá vir a ser um dos maiores obstáculos para nos transformarmos no maior provedor mundial de alimentos, fibras e agroenergia.
Agronegócio e setor industrial brasileiro precisam progredir juntos, caso contrário, o protecionismo do Brasil se transformará num grave obstáculo para as vendas do agro nacional….
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