Café: Cotações do arábica operam em alta na manhã desta sexta-feira com recompras

Publicado em 21/11/2014 09:45

As cotações do café arábica operam em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Por volta das 10h35, o contrato dezembro/14 registrava alta de 100 pontos e estava cotado a 188,70 cents/lb, o março/15 anotava 189,95 cents/lb com desvalorização de 110 pontos, o maio/15 tinha 192,20 cents/lb com avanço de 100 pontos e o julho/15, mais distante, tinha 194,35 cents/lb com 95 pontos positivos.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, diante da baixa registrada na sessão anterior, hoje há um movimento de recompras técnicas na bolsa norte-americana.

De acordo com mapas climáticos, a próxima semana no Brasil deverá ser marcada por boas chuvas no Sudeste que caso se confirmem, podem beneficiar as lavouras. Segundo a Climatempo, são esperados de 100 a 200 mm para o sul de Minas Gerais, Goiás e norte de São Paulo, além de algumas áreas no centro e sudoeste de Mato Grosso.

» Chuvas de mais de 100 mm devem beneficiar lavouras no Sudeste e Centro-Oeste na próxima semana

Veja as cotações completas de café nesta sexta-feira (21).

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Café: NY despenca mais de mil pontos com indicação de chuvas no Brasil; USDA revisa para cima safra 2014/15

Por Jhonatas Simião

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta quinta-feira (20) com queda expressiva em relação à sessão anterior com previsão de chuva volumosa no cinturão produtivo do Brasil e a estimativa do USDA que elevou para cima a safra atual.

O vencimento dezembro/14 registrou 187,70 cents de dólar por libra peso com baixa de 1015 pontos, o março/15 anotou 188,85 cents/lb com 1025 pontos de recuo, o maio/15 teve 191,20 cents/lb também com desvalorização de 1025 pontos e o julho/15 encerrou a sessão cotado a 193,40 cents/lb com 1010 pontos negativos.

De acordo com o diretor de commodities agrícolas da Newedge, Rodrigo Costa, o mercado na sessão anterior realizou vendas. Porém, hoje os envolvidos tiveram maior percepção da realidade climática e precificaram a previsão de chuva volumosa nos próximos dias no Sudeste brasileiro.

“O mercado sabe da seca, da diminuição da safra atual e da próxima e os preços vão se ajustando. Mas percebe-se que a chuva induziu a florada e isso acaba mostrando para os investidores que o café se recuperou de alguma forma”, afirma o analista.

Segundo Costa, a divulgação do USDA também influenciou na queda expressiva das cotações na bolsa norte-americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos revisou para cima a safra de café 2014/15 que estava estimada em 49,5 milhões de sacas de 60 kg e agora está calculada em 51,2 milhões de saca, um aumento de 3,4%.

Pela manhã, segundo o consultor da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o mercado operava em leve queda com fatores técnicos. “Os operadores estavam testando a linha dos US$ 2 por libra peso na sessão de ontem e até conseguiram romper, mas o fechamento foi abaixo. E a queda pela manhã mostrou essa falta de força”, afirma.

De acordo com mapas climáticos, a próxima semana no Brasil deverá ser marcada por boas chuvas no Sudeste que caso se confirmem, podem beneficiar as lavouras. Segundo a Climatempo, são esperados de 100 a 200 mm para o sul de Minas Gerais, Goiás e norte de São Paulo, além de algumas áreas no centro e sudoeste de Mato Grosso.

» Chuvas de mais de 100 mm devem beneficiar lavouras no Sudeste e Centro-Oeste na próxima semana

Precipitação nos municípios atendidos pela Cooxupé

Nos últimos dois dias, nenhum dos municípios atendidos pela Cooxupé receberam chuvas. No acumulado do mês, as cidades que menos receberam chuvas no mês foram Campos Gerais-MG, Rio Paranaíba-MG e Campestre-MG. (Veja a tabela abaixo)

Mercado interno

O físico apresentou variações expressivas influenciado pela queda das cotações em Nova York. Na maior parte das praças os preços caíram em relação ao dia anterior.

O tipo cereja descascado teve maior queda na cidade Espírito Santo do Pinhal-SP e está cotado a R$ 500,00 a saca com recuo de 9,09%, o maior valor de negociação foi na cidade de Guaxupé-MG com R$ 560,00 e desvalorização de 1,75%.

O tipo 4/5 de café arábica também anotou maior valor na cidade com R$ 550,00 a saca e queda de 1,79% em relação ao dia anterior, a cidade que apresentou maior queda para o tipo foi Varginha-MG, onde a saca está cotada a R$ 495,00 com baixa de 5,71%.

O tipo 6 duro anotou maior valor em Guaxupé-MG com R$ 497,00 a saca e apresentou maior queda em Marília-SP com recuo de 6,00% em relação ao dia anterior e a saca está sendo negociada por R$ 470,00.

Na quarta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 5,96% e está cotado a R$ 495,93 a saca de 60 kg.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o indicador subiu na quarta com a alta nas bolsas internacionais que aqueceram as negociações no mercado doméstico. Na parcial do mês, a alta já é de 12%.

BM&F Bovespa

** A BM&F Bovespa não trabalhou nesta quinta-feira (20) devido ao feriado facultativo do o Dia da Consciência Negra.

Na sessão anterior, as cotações do café arábica tipo 4/5 fecharam com valorização. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 238,00 a saca de 60 kg e alta de 3,70%, o março/15 anotou US$ 239,00 e valorização de 4,37% e o setembro/15 está cotado a US$ 247,50 a saca com de 2,70% positivos. E o tipo 6/7 não teve negócios.

Robusta registra queda na Liffe

As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) também baixa na sessão desta quinta-feira. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.085,00 por tonelada com desvalorização de US$ 3 por tonelada e o janeiro/15 teve US$ 2.079,00 por tonelada com queda de US$ 12 por tonelada.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, o advento climático, falta de chuvas que ocorre no país, está causando mudanças de pensamento na população. No caso especifico dos produtores de café, estão indignados com a “esperteza” dos compradores desta commodity, commodity?

    Quando o café do produtor é depositado na cooperativa, este café é “misturado” com os cafés de outros produtores? A resposta é: Não! Porque?

    Sugiro que leiam a definição de commodity.

    Não tenho nada contra com os produtores de café, de trigo, milho, soja e eteceteras. Ocorre que o mercado de commodities é “tomador de preços”, diferente dos oligopólios (BUNGE, CARGILL, ADM e LDC), ou monopólios (PETROBRAS, NESTLÉ, Cutrale). A economia é movida pelo “espírito animal” do empresário e, nós produtores devemos nos precaver para não sermos devorados pelos animais. Ferramentas estão à disposição, mas infelizmente, só uma pequena minoria tem acesso a estes mecanismos.

    Enquanto isso...

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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