Café: NY estende ganhos da sessão anterior nesta 2ª feira; cinturão produtivo ainda tem chuvas irregulares
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo positivo no início do pregão desta segunda-feira (2), estendendo os ganhos da sessão anterior quando os operadores ajustaram os preços em cima da questão climática, pois aguardam os reflexos da chuva no cinturão produtivo.
Por volta das 10h29, o contrato março/15 registrava 162,50 cents/lb com 60 pontos de alta, o maio/15 anotava 165,15 cents/lb com avanço de 50 pontos. O julho/15 tinha 167,70 cents/lb e o vencimento setembro/15 tinha 170,20 cents/lb, ambos com avanço de 35 pontos.
Segundo dados climáticos da Cooxupé, as áreas produtoras de café confirmaram a chuva prevista na semana passada, mas ainda as precipitações são irregulares. O município de Guaxupé-MG recebeu no acumulado de janeiro 166,8 mm e no mesmo período de 2013 o volume foi de 309,2 mm. (Veja a tabela completa abaixo)
Informações de agências internacionais dão conta que o cinturão produtivo de café do Brasil deve ter em fevereiro o período mais chuvoso dos últimos 50 dias.
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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (30) com preços levemente mais altos em relação à sessão anterior — quando atinigiu o patamar mais baixo desde 19 de fevereiro de 2014 — e conseguiu manter-se acima dos 160,00 cents na semana.
Os operadores da bolsa norte-americana corrigem a forte queda registrada no pregão de ontem devido a previsão chuva volumosa para os próximos dias no cinturão produtivo do Brasil.
Com isso, o contrato março/15 registrou 161,90 cents/lb, o maio/15 anotou 164,65 cents/lb, o julho/15 fechou a sessão com 167,35 cents/lb e o setembro/15 registrou 169,85 cents/lb, ambos os vencimentos com 190 pontos de valorização.
O analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, não acredita em recuperação dos preços, mas sim, em uma oscilação em cima da questão climática. “O mercado está oscilando em cima de notícias de curto prazo, ontem caiu com a confirmação de chuva, mas sempre se espera os reflexos disso nas lavouras. O clima é o que define o volume da safra brasileira”, afirma.
De acordo com informações climáticas da Somar Meteorologia, uma nova frente que passa pela costa da Região Sudeste aumenta a chuva sobre a Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais nos próximos dias. Até os primeiros dias da semana que vem o acumulado pode atingir até 50 mm em cidades produtoras da commodity. Já nos estados do Paraná, oeste de São Paulo, Cerrado e Alta Mogiana, a chuva será menos intensa, com acumulado em torno dos 30 mm neste período.
Segundo informações reportadas nesta semana pelo MDA Weather Services, algumas lavouras de café da zona da mata mineira e do Espírito Santo tiveram menos de 5% do índice normal de chuvas no último mês.
Mercado interno
Segundo informações do analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado interno realiza poucos negócios e a liquidez envolvida na rotina cafeeira é curta e cansativa. Ritmo normal de sexta-feira quando sempre se espera fatos novos na próxima semana.
O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 533,00 mesmo com queda de 0,93%. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com saca cotada a R$ 490,00 e queda de 2,00%. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 521,00 e baixa de 0,95% em relação ao dia anterior. A variação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com valorização de 2,17% e R$ 471,00 a saca de 60 kg. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com saca cotada a R$ 480,00 — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 6,52% e saca cotada a R$ 430,00. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
Na quinta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 2,25% e está cotado a R$ 445,68 a saca de 60 kg.
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