Café: Após altas recentes, Bolsa de Nova York busca direcionamento nesta tarde de 5ª feira

Publicado em 27/10/2016 11:51

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam sem direcionamento definido nesta tarde de quinta-feira (27). O mercado realiza ajustes técnicos ante as recentes altas, mas também segue se baseando nas incertezas com a próxima safra do Brasil e a possibilidade de desabastecimento em 2017, ano que já promete ser de bienalidade baixa para a maioria das regiões produtoras brasileiras. O câmbio também movimenta o mercado, pois impacta nas exportações.

Apesar do recuo nas cotações do arábica, os principais lotes do grão seguem próximos do patamar de US$ 1,65 por libra-peso. Pelo horário de Brasília, às 12h28, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 162,85 cents/lb com queda de 85 pontos, o março/17 registrava 166,05 cents/lb com recuo de 115 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 168,20 cents/lb também com 115 pontos positivos e o julho/17, mais distante, perdia 115 pontos, cotado a 170,00 cents/lb.

Essa queda na ICE já era esperada pelo mercado uma vez que as cotações externas da variedade subiram bastante nos últimos dias e chegaram a testar o patamar de US$ 1,70/lb.  "Em um dia de ajuste nos preços, após a boa alta verificada ontem, os preços do café arábica fecharam com pequena queda na Bolsa de Nova York, a cotação para vencimento dezembro/16 fechou o dia a 163,70 cents/lb com baixa de 80 pontos. A oscilação no dia foi de 255 pontos", explicou ontem (26) o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

Apesar da queda no mercado, a percepção dos operadores de que o Brasil – maior produtor e exportador da commodity no mundo – além de ter safra mais baixa em 2017 possa chegar a ter que reduzir suas exportações para atender a demanda interna continua. O café arábica tem até sido usado pelas torrefadoras brasileiras como substitutivo do robusta, que testou nos últimos dias os níveis mais altos em dois anos em Londres.

"Ainda não sabemos como abastecer o mercado interno e cumprir com as exportações, mas tudo indica que o cenário é mais positivo do que negativo", explicou na terça-feira (25) o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes. Além desse pessimismo com a produção do Brasil, segundo Carvalhaes, a situação econômica do país também contribui para as perdas nas cotações do arábica. "Com a queda do dólar, como o mercado é comprador aqui dentro, baixaram as ofertas e isso motiva a alta externa para chegar num patamar que interesse novamente aos produtores venderem café".

Às 12h09, o dólar comercial subia 0,08%, vendido a R$ 3,1449, acompanhando as indicações de ingresso de fluxo de recursos externos e com a moeda norte-americana em alta ante as divisas de outros países emergentes. As oscilações no câmbio impactam diretamente nas exportações da commodity.

No Brasil, por volta das 9h, o tipo 6 duro de café arábica registrava em Guaxupé (MG) R$ 550,00 a saca de 60 kg com alta de 1,29%, em Patrocínio (MG) o tipo estava cotado a R$ 530,00 a saca com avanço de 1,92% e em Espírito Santo do Pinhal (SP) anotava R$ 530,00 a saca com alta de 2,93%. Apesar dos preços altos, os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do Brasil com os cafeicultores à espera de melhores patamares.

Na terça-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 529,03 com valorização de 0,44%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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