Suíno Vivo: Preços cedem em MG, GO e PR nesta 3ª feira

Publicado em 26/04/2016 18:10

Os preços para o suíno vivo voltaram a recuar em mais regiões nesta terça-feira (26). Desta vez, as cotações cederam também em Minas Gerais, Goiás e Paraná. Com o consumo mais fraco no final do mês, os preços seguem caindo, apesar da necessidade de reajustes positivos para o mercado. Além disto, há um excedente da oferta de animais, segundo aponta o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.

A bolsa de suínos de Minas Gerais definiu preços em R$ 3,25/kg para os próximos dias, baixa de R$ 0,10 em relação a semana anterior. “Nós estávamos numa situação ruim e piorou um pouco mais. A expectativa está na próxima semana, que devido ao dia das mães costuma ser uma boa semana e esperamos que enxugue o mercado”, explica o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antônio Ferraz.

Já no Paraná, a APS (Associação Paranaense de Suínos) aponta que a bolsa de suínos fechou em R$ 2,92/kg, enquanto que a definição prévia era de R$ 3,05/kg. Na semana anterior os preços haviam fechado estáveis, mas já vinha de um histórico de baixas de preços.

Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) divulgou nesta segunda-feira que os preços chegaram ao pior patamar em dólares dos últimos oito anos – US$ 0,86/kg. A bolsa de suínos fechou entre R$ 58 a R$ 59/@ - o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. “Este é o pior momento da suinocultura, custo de produção continua apertado e há um aumento do farelo de soja e milho, motivado pela escassez de chuva também colaboram para essa queda”, afirma o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

Custos de produção

Por outro lado, o índice de custos de produção medido pela Embrapa Suínos e Aves aponta que houve uma redução pela primeira vez no ano, embora o acumulado ainda seja negativo. O ICPSuíno/Embrapa fechou com 217,83 pontos, uma redução de 0,40% em comparação ao levantamento anterior. Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses há uma alta de 21,27%.

A baixa do mês está associada a queda dos preços do farelo de soja, devido ao período de colheita da safra de verão. “Houve uma queda de 15% e 25% no preço (do farelo de soja), embora o milho tenha continuado aumentando”, disse o analista da área de socioeconomica e responsável pelos índices de custos de produção do CIAS, Ari Jarbas Sandi, em entrevista ao CarneTec.

» Confira na íntegra as cotações para o suíno vivo

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Tags:
Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Adriano Goeder Nova Santa Rosa - PR

    O produtor rural é o único que não pode por o preço aos seus produtos. Isso é uma vergonha. E a carne, por que não baixa nos mercados e açougues???, isso tudo é culpa deles. Se eles baixassem o preço haveria mais saida da carne... fica aí a minha opinião...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Caro Adriano, as leis que regem o mercado do produtor rural é o da concorrência perfeita, onde o produtor é o tomador dos preços, ou seja, o mercado que dita o preço. Já quando sua produção sofre os processos industriais, onde são agregados outros valores, o mercado é Oligopolista, ou seja, poucas industrias, ditam o valor do mercado. No caso do mercado do petróleo brasileiro, a Petrobrás é a única empresa que comercializa, logo é um sistema Monopolista.

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    • Rodrigo Pereira Canoinhas - SC

      quando se contrata um funcionario, nao se pode pagar menos que o minimo estebelecido pela categoria, quando o milho esta super ofertado o governo garante minimo, com o suino nao existe minimo, hj levam de graca, nao pagam nada pelo produto e o produtor ainda agradesce quem esta levando seu produto, e como forma de demonstrar esta gratidao, paga ao sujeito R$150,00 por cabeca!!

      Como seria o nome deste tipo de mercado?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, penso que o sistema de integração no Brasil deve ser revisto, pois SEMPRE quem pagou o pato quando as condições de mercado não são favoráveis, foi o integrado, no caso o "dono do galpão" onde acontece a terminação dos frangos de corte ou de suínos. No caso o investimento para desenvolver a atividade é de longo prazo, mas não se assegura uma garantia de renda ao investidor, no caso o integrado, ou melhor o "servidor" que irá ser subjugado a um regime de SERVIDÃO, pelas empresas integradoras.

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    • Rodrigo Pereira Canoinhas - SC

      Na integração o dono do galpão eh prestador de serviços e não compra milho nem tampouco vende suínos!!

      Ganha pelo seu cuidado e desempenho!!

      O risco é do integrador, mas se o integrador quebrar, todos perdem, pois o integrado vai ficar sem serviço e seu investimento todo perdido!!

      logo todos perdem de certa forma!!

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  • Rodrigo Pereira Canoinhas - SC

    o povo tem que passar fome!!

    quem produz as carnes do dia a dia do povo esta sendo enterrado a sete palmos!!

    quem vai produzir carne neste pais??

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Rodrigo Pereira, não se dá conta de que o povo já está passando fome? A desvalorização cambial, o empobrecimento do povo brasileiro, o pagamento da divida pela inflação, aquilo que fez com que os produtores de grãos ganhassem muito dinheiro, foi também o que provocou o forte desequilibrio na cadeia produtiva das carnes. Toda vez que o governo mexe com o valor da moeda, alguns ganham às custas dos outros, principalmente os bancos, que ganham quando a moeda se desvaloriza e depois ganham quando se valoriza.

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    • Rafael Mendes Araguari - MG

      Parabéns pela excelente colocação sr.Rodrigo polo...

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