Milho: Com suporte do dólar, preços fecham em alta pelo 6º pregão consecutivo na BM&F

Publicado em 06/08/2015 17:54

As principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta quinta-feira (6) do lado positivo da tabela. Os contratos da commodity subiram pelo 6º dia consecutivo e exibiram valorizações entre 2,88% e 3,64%. O contrato setembro/15 era cotado a R$ 29,33 por saca, depois de terminar o dia anterior a R$ 28,30 a saca.

Mais uma vez, as cotações encontraram suporte na forte alta observada no câmbio ao longo do dia, segundo ressaltam os analistas. A moeda norte-americana encerrou o pregão a R$ 3,5374 na venda, com ganho de 1,39%. O patamar é o maior desde o dia 5 de março de 2003, quando o dólar fechou a R$ 3,555, segundo informou a agência Reuters.

Em seis sessões, o câmbio já acumula ganho de 6,25%. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,5709, com alta de 2,35%. As informações sobre o cenário político e econômico no Brasil e as expectativas de alta de juros nos Estados Unidos, continuam como os principais fatores de suporte à moeda norte-americana.

Já no mercado interno, a quinta-feira foi de estabilidade aos preços praticados nas principais praças, de acordo com o levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Nos terminais brasileiros, tanto em Paranaguá, como em Santos, não houve preço de fechamento. Em Santos, o valor da saca do cereal subiu 3,28% e chegou a R$ 31,50.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta quinta-feira (6) do lado negativo da tabela. Ao longo dos negócios, as principais posições do cereal até tentaram dar continuidade aos ganhos, mas voltaram a trabalhar em baixa e terminaram a sessão com perdas entre 2,75 e 3,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 3,69 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,73 por bushel.

De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o mercado acabou sendo pressionado pelos números das vendas para exportação, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira. Até a semana encerrada no dia 30 de julho, a vendas somaram 274,3 mil toneladas do grão, com o cancelamento de 2,7 mil toneladas da safra velha e mais a venda de 277 mil toneladas da safra nova.

Dessa forma, o total vendido nesta temporada é de 45.529 milhões de toneladas de milho, frente as 47 milhões de toneladas do grão indicados pelo departamento no mesmo período. "Mesmo com a queda de hoje, os ganhos de quarta-feira não foram apagados. As cotações acabaram subindo com o impulso de estimativas privadas indicando para uma safra menor do que o projetado pelo USDA", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.

As estimativas de cinco consultorias indicam uma produção abaixo do apontado pelo departamento em seu último boletim de oferta e demanda, de 343,7 milhões de toneladas. O USDA irá atualizar os números de oferta e demanda no próximo dia 12 de agosto.

Enquanto isso, as previsões climáticas para o Meio-Oeste norte-americano permanecem sendo observadas. Conforme os últimos mapas reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, no intervalo dos dias 13 a 19 de agosto, as temperaturas deverão ficar entre 40% e até 50% acima da média em boa parte do Meio-Oeste.

Previsão de temperaturas nos EUA entre os dias 13 a 19 de agosto - Fonte: NOAA

Previsão de temperaturas nos EUA entre os dias 13 a 19 de agosto - Fonte: NOAA

Paralelamente, as chuvas deverão ficar entre 40% até 50% abaixo da média, ainda conforme dados do NOAA. Ainda nesta quinta-feira, são previstas pancadas de chuvas sobre algumas localidades no Meio-Oeste, porém, as precipitações serão isoladas e de baixa intensidade, de acordo reporte do agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.

Projeção de chuvas nos EUA entre os dias 13 a 19 de agosto - Fonte: NOAA

Projeção de chuvas nos EUA entre os dias 13 a 19 de agosto - Fonte: NOAA

"A safra de milho do Meio-Oeste, em sua maioria, está na fase de polinização e caminha para a maturidade. O tempo quente e seco ainda precisa ser observado, mas não parece ser uma grande ameaça", ressalta Burgdorfer.

Veja como fecharam as cotações nesta quinta-feira:

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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