Exportação ajuda e milho fecha 3ªfeira em alta na B3, mesmo com queda de Chicago e dólar

Publicado em 22/08/2023 16:54 e atualizado em 22/08/2023 18:58
CBOT teve dia de vendas olhando possível novo corredor de exportação no Leste Europeu

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A terça-feira (22) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando elevações na Bolsa Brasileira (B3) após abrir o dia estável e apresentar recuos no meio do pregão. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,85 e R$ 64,74. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,85 com alta de 0,65%, o novembro/23 valeu R$ 57,45 com valorização de 0,88%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 61,25 com ganho de 0,57% e o março/24 teve valor de R$ 64,74 com elevação de 0,19%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho na B3 receberam influências negativas da Bolsa de Chicago e do dólar, ambos em queda nesta terça-feira. 

Por outro lado, os dados de exportação, mostrando avanços nos embarques do milho brasileiro deram suporte aos preços futuros. “Os dados da Secex dessa semana apontaram que o milho já está com 5,2 milhões de toneladas embarcadas e o acumulado de janeiro até agora já tem 21,1 milhões de toneladas. Está tudo fluindo na exportação em cima de contratos”, diz Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Castro/PR e Machado/MG. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

 De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de negócios comedidos. “Com expectativa de que chuvas no Brasil retardem a colheita da safrinha do país, os produtores adotam cautela para ofertar maiores volumes de venda. Os consumidores, por sua vez, aguardam um avanço da oferta, que significaria uma queda ainda maior nos preços”. 

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado tentou alguma recuperação, mas o comportamento da Bolsa de Chicago (CBOT) não permitiu. “Houve melhores indicações de valores nos portos, mas os negócios não avançaram em volume”. 

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro terminaram a terça-feira com movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,66 com queda de 2,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,79 com baixa de 3,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 4,93 com desvalorização de 3,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,01 com perda de 3,00 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (21), de 0,64% para o setembro/23, de 0,62% para o dezembro/23, de 0,60% para o março/24 e de 0,60% para o maio/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho tiveram ganhos muito modestos durante a noite, mas não conseguiram segurá-los após uma rodada de vendas técnicas que levou a perdas moderadas na terça-feira. 

A consultoria Agrinvest avalia que, apesar do clima quente e seco nos Estados Unidos até o próximo final de semana ainda preocupar, o mercado reagiu a possibilidade de um novo corredor de exportação da Ucrânia. 

“Isso pode melhorar a capacidade de escoamento do país do Leste Europeu, o que é baixista para o milho”, diz a consultoria. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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