Milho retoma movimento de alta e encerra 4ª feira subindo, novamente, mais de 1% na B3
Depois da realização de lucros registrada mais cedo, os futuros do milho negociados na B3 voltaram a subir e encerraram a quarta-feira (13) com altas de mais de 1% na B3. As posições mais negociadas subiram de 1,3% a 1,8%, levando o maio a R$ 63,65 e o setembro a R$ 63,79 por saca. O mercado segue refletindo as preocupações com a oferta nacional, em especial por conta do ambiente em que se desenvolve a segunda safra.
"Nós temos uma incógnita, uma incerteza muito grande sobre qual é o tamanho da segunda safra do Brasil. E um elemento importante é que a demanda por esta segunda safra já está se fazendo presente. Nós já temos uma perspectiva de exportação se fazendo presente, pensando no segundo semestre, na casa de 40 milhões de toneladas, as usinas de etanol de milho, as empresas de fabricação de ração estão olhando para este mercado e colocando um prêmio climático sobre as cotações, tanto no curto, mas principalmente para o segundo semestre de 2024", explica Enilson Nogueiram analista da Céleres Consultoria, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta quarta-feira.
A melhora dos preços na B3 e mais um dólar positivo, apesar do fechamento estável, deu espaço a preços melhores também nos portos brasileiros em cerca de R$ 0,50 por saca nos principais indicativos em relação ao dia anterior, os quais variaram de R$ 56,50 a R$ 57,50 por saca.
As condições climáticas preocupam em áreas importantes da produção de milho e são mais um fator de suporte aos preços. No Paraná, as lavouras já estão padecendo com a falta de chuvas.
O analista da Céleres afirma ainda que as condições climáticas, caso não voltem à normalidade nos próximos meses, continuarão a ser fator de impacto para os preços do cereal, uma vez que regiões importantes de produção - como Paraná, Goiás, partes de Minas Gerais - já vêm sofrendo com o atual cenário. Ao mesmo tempo, o movimento das exportações e como isso impactará no balanço de oferta e demanda do Brasil - vai ajudar no direcionamento das cotações, considerando já um cenário de oferta mais enxuta e, consequentemente, de exportações menores do que as do ano passado por conta desse menor volume.
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