Dólar ajuda milho fechar 6ªfeira em alta na B3, mas não evita desvalorização semanal
A sexta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,39 e R$ 62,20, mas ainda acumularam perdas ao longo da semana.
O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 57,39 com alta de 0,54%, o julho/24 valeu R$ 57,77 com valorização de 0,82%, o setembro/24 foi negociado por R$ 59,65 com ganho de 0,29% e o novembro/24 teve valor de R$ 62,20 com elevação de 0,32%.
Mesmo assim, no acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram desvalorizações de 2,73% para o maio/24, de 3,28% para o julho/24, de 2,42% para o setembro/24 e de 2,12% para o novembro/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (05).
Para o Analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, a semana foi de preços do milho caindo no mercado brasileiro diante de perspectivas de uma segunda safra dentro da normalidade. Porém, nesta sexta-feira as cotações passaram a subir impulsionadas pelo mercado internacional e pelo câmbio.
Nogueira, explica que os preços internacionais estão em alta após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduzir a projeção de estoques de milho nos EUA. Além disso, o dólar trabalhando acima dos R$ 5,10 também traz sustentação para os contratos da B3.
No mercado físico brasileiro os preços da saca de milho tiveram um último dia da semana de recuos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Não-Me-Toque/RS e Nonoai/RS. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Castro/PR, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que, o mercado brasileiro de milho registrou alterações de preços ao longo da semana. “A maior pressão na venda contribuiu para que os preços recuassem em alguns estados brasileiros, como Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Já em outros houve estabilidade nas cotações e até mesmo altas, como no Rio Grande do Sul e no Paraná. Ainda que os preços tenham caído em alguns estados, o consumidor seguiu cauteloso nas intenções de compra, esperando um recuo ainda maior nas cotações”.
De acordo com a SAFRAS Consultoria, “o andamento da colheita da safra de verão prossegue e isso vai contribuindo para pressionar as cotações do cereal. Também houve o retorno das chuvas em regiões produtoras de milho safrinha que vinham apresentando um quadro de estresse hídrico, o que deve contribuir para um melhor desenvolvimento das lavouras".
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro registraram elevações ao longo do pregão desta sexta-feira e fecharam a semana com flutuações próximas da estabilidade.
O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,35 com valorização de 6,75 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,47 com alta de 6,25 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,56 com elevação de 6,25 pontos e o dezembro/24 teve valor de US$ 4,72 com ganho de 6,00 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 1,64% para o maio/24, de 1,36% para o julho/24, de 1,33% para o setembro/24 e de 1,29% para o dezembro/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram ganhos de 0,23% para o maio/24 e de 0,22% para o julho/24, além de queda de 0,22% para o setembro/24 e de estabilidade para o dezembro/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (05).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram mais de 1% na sexta-feira, após uma rodada de compras técnicas que mais do que anulou as perdas de quinta-feira.
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