Questão Indígena: Polícia Federal prende indígenas e agricultores em operação no Rio Grande do Sul

Publicado em 27/11/2014 13:11 e atualizado em 27/11/2014 14:39

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (27) contra crimes de arrendamento e venda de terras indígenas em Getúlio Vargas, no Norte do Rio Grande do Sul. Estão sendo cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão em toda a região. Até as 8h30, cinco prisões estavam confirmadas.

Entre os presos estão índios e agricultores. As buscas ocorrem em Getúlio Vargas, mas os suspeitos serão levados para a sede da Polícia Federal em Passo Fundo, também na Região Norte do estado.

O procurador do estado do Rio Grande do Sul, Rodinei Candeia denunciou um esquema de arrendamento de terras ao Ministério da Justiça. Segundo ele, a prática é comum e generalizada na Região Norte do estado e é o principal motivo para as reivindicações de novas áreas por parte dos indígenas.

A Polícia Federal investigou o esquema. Quatro agricultores e um índio de Cacique Double, na Região Norte do estado, são acusados de envolvimento em arrendamento de terras em uma aldeia da cidade. O cacique Valdir Ranke, que está entre os acusados, nega os arrendamentos e diz que existiam parcerias com os brancos. O crime é de usurpação de bens da união, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão.

Em 2004, um grupo de índios, que vivia em uma aldeia em Cacique Doble, na Região Norte do Rio Grande do Sul, acampou em terras de agricultores e passou a reivindicar a área que, segundo eles, pertenciam aos ancestrais guaranis. A Funai iniciou um processo de demarcação dos imóveis privados que pode resultar na expulsão dos agricultores. A suspeita é que a demanda por mais terra tem como motivação o arrendamento ilegal da área.

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Fonte:
Questão Indígena

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