Posse do Ministro da Cultura tem protesto de índios contra Katia Abreu
O novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, assumiu o cargo ontem (12) no Teatro Funarte Plínio Marcos, em Brasília. No começo de sua fala, quando defendia o valor das manifestações culturais indígenas um dos dois índios presentes no local começou a fazer alguns sons com a boca. Nesse momento, o ministro disse: "Posso continuar?". Calou-se, o índio.
Ao fim do discurso do novo ministro, os dois indígenas quebraram o protocolo da cerimônia de posse e fizeram uma pajelança (veja aqui). Um deles aproveitou para criticar a nomeação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura.
"Eu repudio a nomeação dela como ministra da Agricultura", disse um dos índios, fazendo, em seguida, referência aos conflitos fundiários no Mato Grosso do Sul entre produtores rurais e indígenas. "É uma pessoa sem sensibilidade com os direitos humanos, as crianças, idosos e mulheres. Porque crianças, idosos e mulheres continuam sendo mortos no estado", emendou o indígena.
Os dois índios permaneceram ao lado do ministro. Sentados no chão. Um deles usava um couro de jaguatirica na cabeça. Ambos faziam gestos de evocação de espíritos indígenas com as mãos nas costas e na frente do ministro. Arriscaram inclusive umas baforadas de um cachimbo munido sabe-se de que no rosto de Juca, que passou pelo procedimento com um ar de naturalidade.
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