Soja: Com salto em Chicago, preços nos portos do Brasil fecham o dia com mais de 1% de alta

Publicado em 05/12/2016 18:57

Os preços da soja no Brasil mantiveram seu movimento de alta nesta segunda-feira (5), refletindo os bons ganhos registrados na Bolsa de Chicago, e terminaram o dia com altas de mais de 1% nos portos nacionais. Em Paranaguá, R$ 81,00 no disponível, subindo 1,25%, e R$ 83,00 no mercado futuro, onde o ganho foi de 1,22%. Já em Rio Grande, R$ 82,50 e R$ 86,50 por saca nas últimas referências, com altas de 1,23% e 0,58%. 

O avanço de 15 a 16 pontos contabilizados pela commodity na CBOT neste pregão foram suficientes para driblar a baixa de 1% do dólar frente ao real - a moeda americana fechou cotada R$ 3,42 - e permitiu que os preços subissem ainda no interior do Brasil, principalmente nas praças de comercialização do Sul do país. 

O que limita esses ganhos, porém, são os prêmios que, apesar de ainda positivos, se mostram mais baixos do que os registrados há algumas semanas. No porto paranaense, por exemplo, as posições abril e maio/17 contavam com 30 cents de dólar acima dos valores de Chicago, contra valores que já chegaram a passar de US$ 1,00 nos meses anteriores.

De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria AgRural, dado o bom ritmo do plantio no Mato Grosso, principal estado produtor brasileiro, já em janeiro a colheita da soja pode alcançar um volume recorde de 7,3 milhões de toneladas, com cerca de 20 a 25% da área com seus trabalhos de colheita já concluídos. 

Dessa forma, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, a soja brasileira vai se tornando cada vez mais competitiva. De fevereiro para frente, o Brasil se torna mais barato, o que exigirá uma maior competitividade por parte dos americanos para continuar vendendo. 

Mercado Internacional

No mercado internacional, essa questão da mudança do foco principal da demanda para a América do Sul, embora a oferta norte-americana ainda será necessária e bastante requisitada, já começa a gerar especulações. Ainda assim, notícias sobre a venda de 426 mil toneladas dos EUA para a China reportada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda têm força e influência direta sobre o andamento das cotações. 

Além da demanda, no radar dos traders está ainda o desenvolvimento da nova safra sulamericana, principalmente a argentina neste momento. 

As condições da safra de soja da Argentina parecem ganhar cada vez mais a atenção dos investidores, os quais acreditam que o desenvolvimento da temporada 2016/17 poderá ser um fator crucial para o destino dos futuros da soja a partir de agora. O plantio ainda está em processo no país e algumas áreas sofrem ainda com déficits sérios de umidade no solo e, por isso, chamam a atenção.

O quadro, inclusive, gera muita especulação e tem motivado uma movimentação intensa dos fundos de investimento para a soja, aumentando suas apostas nas altas. 

"Os recursos administrados continuam comprando soja", informa o grupo Water Street Solutions. Já o Commonwealth Bank of Australia diz que "os investidores intensificaram suas participação entre as posições compradas de soja. Assim, a Benson Quinn Commodities faz um alerta. "Ter posições elevadas - embora abaixo do pico de 200 mil lotes alcançado em junho - significa que os fundos tê, espaço suficiente para promover um movimento de vendas". 

Leia mais:

>> Fundos aumentam aposta nas commodities agrícolas; soja lidera as altas

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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