Soja segue trabalhando no vermelho em Chicago nesta 5ª e sente pressão das vendas fracas nos EUA
O mercado da soja testa novas baixas na Bolsa de Chicago nesta tarde de quinta-feira (4) e, perto de 13h55 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 6,50 e 7,75 pontos, com o maio valendo US$ 11,74 e o agosto, US$ 11,86 por bushel. "O mercado da oleaginosa reflete o enfraquecimento nas vendas semanais de soja dos EUA", afirma o time da Pátria Agronegócios.
Nesta quinta, os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vieram, mais uma vez, fracos e abaixo do esperado para a soja em grão, pesando sobre as cotações na CBOT, que já estavam fragilizadas pela falta de novas notícias e pelo atual momento de redefinição.
"Na semana encerrada em 28 de março, o país comprometeu apenas 194,2 mil toneladas da oleaginosa, contra expectativas de 200 mil a 600 mil toneladas. O volume caiu 26% em relação à semana anterior e 54% em relação à média das últimas quatro. A China foi o principal destino da soja norte-americana.
Em toda temporada, os EUA já venderam 40,594,1 milhões de toneladas, ainda distante do total do mesmo período do ano passado, quando mais de 49 milhões de toneladas estavam comprometidas. A estimativa total do USDA para as exportações 2023/24 é de 46,81 milhões de toneladas.
"O farmer selling do produtor americano continua fraco, especialmente para a nova temporada. Apenas 470,3 mil toneladas de soja da safra 2024/25 foram vendidas na exportação, contra 1,836 milhão do mesmo período do ano passado", explica o time da Agrinvest Commodities.
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Além disso, ainda segundo a Pátria, o mercado se divide também entre a a conclusão da safra da América do Sul e o início da safra norte-americana 2024/25, com olhos vivos sobre o atual momento climático. Até agora, as condições climáticas são favoráveis para os trabalhos de campo com o milho e, com a soja, deverão ser iniciados no próximo mês.
O mercado da soja está em momento de redefinição, explica o consultor de mercado do Sistema Manancial Consultoria, Aaron Edwards, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, do Notícias Agrícolas, nesta quinta-feira (4). No entanto, ele alerta ainda sobre estas redefinições estarem acontecendo em um momento em que os fundos ainda carregam posições vendidas ainda muito grandes, ao passo em que em mais algumas semanas o plantio da nova safra dos Estados Unidos trará ainda mais incertezas ao mercado.
Reveja a entrevista:
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