Soja fecha no vermelho em Chicago, com leve recuo, enquanto óleo tem ligeiros ganhos nesta 4ª
Embora bastante tímidas, as altas vieram para os futuros do óleo de soja negociados na Bolsa de Chicago e o derivado encerrou o pregão desta quarta-feira (15) em campo positivo. O movimento, todavia, foi insuficiente para promover um fechamento positivo também para a soja em grão. Os contratos mais negociados do derivado, assim, concluíram o dia com pequenos ganhos de 0,3% a 0,4%, levando o julho a 43,55 e o agosto a 43,85 cents de dólar por libra-peso.
Mais uma vez o mercado sentiu os efeitos das notícias - ainda desencontradas - sobre óleo de cozinha usado que os Estados Unidos importam da China, agora com os rumores de que o produto ainda não teria entrado no pacote de traifações do governo Biden pois terá uma taxação mais elevada. Além disso, como informa a Agrinvest Commodities, "para evitar triangulações, pretende colocar tarifas sobre qualquer origem".
Ainda segundo a consultoria, as importações norte-americanas do UCO (Used Cooking Oil, ou óleo de cozinha usado, na sigla em inglês), têm registrado grandes volumes para a produção de biodiesel, deslocando o uso do óleo de soja.
"O uso de óleo de soja como matéria-prima para a produção de biocombustíveis caiu de 51%, em fevereiro de 2023, para apenas 31% em fevereiro deste ano", afirma a Agrinvest.
O aumento das compras tem promovido uma pressão considerável sobre as margens das processadoras dos EUA, ao passo em que crescem as especulações de que o produto chinês que vinha chegando ao país estaria "contaminado", misturado com óleos vegetais sem uso, o que não é permitido para a produção de biocombustíveis.
Nesta quarta, o mercado recebeu também os números atualizados da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas), com o esmagamento de soja nos EUA, em abril, bem abaixo das expectativas do mercado, tal qual os estoques de óleo no país.
Ao lado das condições dos derivados, o mercado está atento também ao clima nos EUA e ao bom avanço do plantio norte-americano da safra 2024/25. As condições são de bom tempo até este momento, com o ritmo ligeiramente aquém do potencial, mas sem trazer grandes impactos aos mercados em Chicago.
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