Indígenas invadem novas fazendas na região de Ponta Porã (MS) e clima é tenso
A invasão de mais três propriedades no estado de Mato Grosso do Sul agravou o clima entre produtores rurais e os índios da tribo Guarani Kaiowá e o risco de conflito é iminente. No final última semana, os indígenas invadiram a fazenda Madama, em Coronel Sapucaia e as propriedades Água Boa e 27 Estrelas, ambas na região de Aral Moreira.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, Jean Pierre Paes Martins, a grande preocupação é com a possibilidade de um conflito frente à inércia do Governo Federal. “Já temos o mandado de reintegração de posse, porém, as medidas ainda não foram cumpridas. São cinco dias para notificar os invasores e não temos nenhuma decisão”, explica.
Os produtores tiveram que deixar as áreas e o prejuízo é grande, já que o milho safrinha está pronto para a colheita na região. “E temos um barracão com 800 toneladas de adubo que serão usados na próxima safra. Além disso, em algumas localidades, as sedes das fazendas foram danificadas, nós não somos contra os indígenas, mas, sim os que estão promovendo essa desavença entre os produtores e índios”, destaca Martins.
Por outro lado, o presidente ainda sinaliza que, muitas propriedades têm mais de 100 anos de títulos. Enquanto isso, as Equipes da Força Nacional estão no local, porém, não impedem novas invasões. “A polícia militar e a civil nem têm acesso os indígenas, já a Força Nacional e a Polícia Federal estão na região somente para garantir a integridade física dos índios”, ressalta.
Em meio a essa incerteza, os produtores e lideranças irão se reunir na próxima segunda-feira (6), em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Campo Grande. “Temos que entrar em um consenso, o caminho é jurídico e político. Precisamos evitar que os produtores se defendam com as próprias mãos. Isso, com certeza irá afetar a produtividade na nossa região”, diz Martins.
De acordo com informações da Famasul, Federação da Agricultura e Pecuária de MS, ao todo são 89 fazendas invadidas em todo o estado.
1 comentário
Marco Temporal: "Essa não é uma guerra social, mas uma guerra ideológica", afirma Nilson Leitão
Com decisão recente de suspender sentenças que questionam processos de demarcação de terras indígenas no PR, STF avaliza invasões
Com aprovação da lei que institui Marco Temporal , decisão do STF perde valor e nova batalha jurídica teria que acontecer
Advogada alerta para tese final do STF sobre o Marco Temporal na próxima semana; ainda há esperança
Decisão do STF sobre desapropriação de terras produtivas mais preocupa pelo ativismo judicial que pode se intensificar, afirma especialista
Marco Temporal, tese do indigenato ou a indenização de propriedades no processo de demarcação de terras indígenas; saiba qual a melhor alternativa para o Agro
Sebastião Ferreira Santos Fátima do Sul - MS
A imprensa e as autoridades tem qd parar de tratar esses casos como "QUESTÃO INDÍGENA", essas invasões nunca foram indígenas e nunca serão, pois os objetivos aí são outros.., e todos sabem quais são os reais objetivos do atual governo federal. Um governo corrupto, incompetente, desonesto, ideológico, imoral e acima de tudo capaz de atos de atrocidades brutais contra setores que abastecem o setor alimentício do país, e alavanca o PIB brasileiro. O povo brasileiro tem que acordar, pois o que ocorre aqui, já ocorreu em quase todos os países da AL, e aqui as coisas caminham a passos largos para o mesmo caminho da VENEZUELA, ARGENTINA, EQUADOR, BOLÍVIA E CUBA, o povo pobre , miserável e a cúpula comunista, rindo atoa com os cofres cheios. CADÊ O DINHEIRO DA PETROBRÁS E DO BNDES e de tantos outras empresas públicas que foram assaltadas??? Isso não vai dar em nada , e os responsáveis por tudo estão fazendo manobras e falando m..... como falou lá nos EUA.