Imprensa internacional repercute caso da Suiá Missú

O caso envolvendo a gleba Suiá Missú que foi demarcada como reserva indígena Marãiwatsédé tem ganhado repercussão da mídia, dessa vez o assunto foi retratado em um dos principais jornais Norte americano, o The New American, o texto traz diversas críticas ao processo de desocupação da área e ainda afirma que milhares de moradores que viveram na região há décadas ou que até nasceram lá, estão sendo retirados por objetivos exclusos.

Na matéria o jornalista ainda faz menção de que a desocupação de Suiá Missú não será a primeira enfrentada pela população da América do Sul.

“Repórteres no local e até mesmo legisladores federais suspeitam que um derramamento de sangue pode estar próximo. O governo, no entanto, prometeu expulsar as comunidades a qualquer custo, ameaçando aqueles que se recusam a cumprir as acusações criminais e até mesmo perda do pouco que resta de seus bens pessoais. Balas de borracha, gás lacrimogêneo, balas e ameaça, acusação têm sido empregadas para remover à força os moradores locais, que o Governo continua a desumanizar como "invasores" e "intrusos".” disse parte da matéria.

O texto ainda menciona a corrupção no Brasil envolvendo questões de demarcação indígena. “Os críticos e os residentes locais acusaram o governo do Brasil da corrupção em massa, dizendo que o objetivo final é destruir propriedade privada e toda a resistência potencial - começando com a população rural. Eles argumentam, entre outros pontos, que as autoridades federais estão fazendo a licitação de interesses estrangeiros e estão em conluio com a ONU, os grandes corporações internacionais, ocidentais baseados em organizações não-governamentais como Greenpeace e outros interesses.”

 "O governo brasileiro aceitou a tese de alguns antropólogos que onde quer que índios deixaram um de seus mortos enterrados no chão, de repente, a terra pertence a eles. A população da Suiá-Missú é de pessoas pobres e trabalhadoras que não têm nenhuma maneira de responder à força bruta do governo comunista.” disse um líder conservador brasileiro ao The New American.

Além das criticas ao processo a matéria ainda retrata o sofrimentos os moradores da aérea como no trecho abaixo onde é usado uma  depoimento de uma criança.

Um menino de 8 anos de idade, também chorando, leu uma carta para o presidente brasileiro, Dilma Rousseff, pedindo-lhe para não deixar que a polícia derrubar a casa de sua família. 

"O governo federal está aderindo à decisão judicial com firmeza e serenidade," ministro-chefe Gilberto Carvalho na Secretária-geral da Presidência, disse em um comunicado de imprensa. "Ações violentas e ilegais não serão tolerados e medidas adequadas já estão sendo tomadas.”.