Rally de Nova Iorque destrava um pouco o físico, por Rodrigo Costa

Publicado em 01/10/2018 09:38

O S&P500 retornou sólidos 7.2% no terceiro trimestre de 2018 – a melhor performance em quase cinco anos – não dando muita atenção a sinalização de novos ajustes nas taxas de juros pelo FOMC (equivalente ao COPOM americano).

Há um tom mais cauteloso sobre a movimentação do mercado acionário americano no último quarto de 2019, entretanto a maior parte dos ativos de risco encerraram a semana positivamente, tendo o índice do dólar fortalecido assim como os principais índices de commodities – os últimos liderados pelos ganhos das matérias-primas energéticas.

O café em Nova Iorque subiu US$ 3.15 centavos na sexta-feira, rompendo a média-móvel de vinte dias e parando na de quarenta dias frente às vendas de origens que vinham aguardando um movimento de alta. Londres teve 2% de valorização, puxando com uma parcial recompra de especuladores, assim como aconteceu no arábica.

O Real brasileiro teve oscilações agudas rompendo nas últimas duas sessões os 4.00 para retornar acima de 4.05 em resposta às duvidas que pairam no mercado sobre as eleições presidenciais.

As origens aproveitaram o rally do terminal para negociar mais cafés em seus mercados internos, destravando levemente o aperto ainda que os diferenciais de reposição não tenham se alterado tanto.

As exportações brasileiras e vietnamitas devem finalizar o mês de setembro com bons volumes, o primeiro acima dos 3 milhões de sacas e do segundo acima de 2 milhões.

Os torradores depois de garantirem uma cobertura de futuros confortável buscam diferenciais menos caros, difíceis de se encontrar tanto no curto-prazo quanto no médio. A prudência entre exportadores parece ser generalizada, sendo salutar para transmitir aos compradores internacionais o comportamento de vendas dosadas dos produtores.

De olho na próxima safra-brasileira os agentes acompanham o clima favorável, a abertura da florada principal e o prognóstico benéfico de chuvas, ao menos por enquanto.

Na Colômbia o fortalecimento do peso em 1.15% na sexta-feira comeu um terço do que ganhou o contrato “C”, situação desconfortável já que a colheita naquele país deve acelerar em breve.

Enquanto isto no Vietnã começam a circular notícias apontando uma redução da renovação do parque cafeeiro em função da queda dos preços do robusta na ICE. Safras alternativas e disciplina levada a sério pelos produtores não comprometem as 30 milhões de sacas que serão em breve colhidas, mas servem de alerta para as expectativas futuras.

O fechamento da semana dá esperança para a continuidade do movimento de alta, olhando para o gráfico e pela proximidade de maiores stops dos fundos. O terminal, no entanto, precisa absorver vendas que devem estar sendo colocadas para o começo da sessão de segunda-feira, dado que o Real saiu de 4.01 para 4.05 depois do fechamento de Nova Iorque.

Uma ótima semana e muito bons negócios a todos a todos.

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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Fonte:
Archer Consulting

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