Café, por Escritório Carvalhaes: Mercado físico brasileiro permanece calmo devido aos feriados de fim de ano

Publicado em 30/12/2015 16:13 e atualizado em 30/12/2015 16:44
O café teve um ótimo ano. Com as vendas mundiais em alta e conquistando novos consumidores em todo o mundo, cresce o número de cafeterias e a procura por cafés de melhor qualidade. O consumo doméstico está sendo revolucionado pelas mono-doses em “cápsulas” e suas charmosas e práticas máquinas de preparação. Os jovens são atraídos pelas novas maneiras de tomar café, que rejuvenesceram e sofisticaram a imagem do produto. Os chineses mostram crescente interesse pelo consumo de café e grandes grupos como Nestlé e Starbucks investem com entusiasmo nesse mercado de enorme potencial para os negócios do setor. 
 
Só no início do próximo ano teremos os números finais das exportações brasileiras de café em 2015, mas o volume ficará próximo ao de 2014. Provavelmente um pouco abaixo e será o segundo melhor volume anual embarcado em nossa longa história como exportadores de café. Se superarmos 2014 teremos um novo recorde histórico. Nossas exportações de cafés “diferenciados”, de melhor qualidade ou “gourmet”, avançam expressivamente, deslocando concorrentes com longa tradição no fornecimento de cafés finos. Já somam mais de oito milhões de sacas, aproximadamente 25% de nossas exportações de cafés verdes.
 
O consumo interno brasileiro fecha mais um ano em crescimento, com aproximadamente 21 milhões de sacas industrializadas. No Brasil, com o término do prazo de proteção de diversas patentes da Nespresso, 2015 foi o ano de explosão da oferta de mono-doses em cápsulas, com mais de sessenta torrefações colocando novos produtos em nosso mercado.
 
Contrastando com esse cenário, o cafeicultor brasileiro passou por um ano de perdas e prejuízo, com sérios problemas climáticos, crise econômica e política. Inflação, forte desvalorização do real, alta dos juros, tudo contribuiu para um ano difícil. Em relação a 2014 os custos de produção cresceram com força e os preços de venda do café verde caíram. O volume de café exportado se manteve, mas a receita cambial caiu. 
 
Com os feriados de final de ano, nos poucos dias úteis desta semana o mercado físico brasileiro permaneceu calmo com pouco interesse de vendedores e compradores. As cotações dos contratos de café na ICE Futures US oscilaram bastante acompanhando as fortes oscilações do dólar frente ao real.
 
Até dia 29, os embarques de dezembro estavam em 1.926.359 sacas de café arábica, 83.578 sacas de café conillon, mais 158.767 sacas de café solúvel, totalizando 2.168.704 sacas embarcadas, contra 2.776.768 sacas no mesmo dia de novembro. Até o mesmo dia 29, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 2.959.009 sacas, contra 3.135.227 sacas no mesmo dia do mês anterior. 
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 23, quarta-feira, até o fechamento de quarta-feira, dia 30, subiu nos contratos para entrega em março próximo 270 pontos ou US$ 3,57 (R$ 14,13) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 23 a R$ 631,97 por saca, e dia 30, a R$ 647,55 por saca. 
 
Hoje, quarta-feira, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 220 pontos. 
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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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