Brasil, o país que melhor cuida do meio ambiente no mundo, por Ricardo Accioly Calderari

Publicado em 21/11/2018 15:18
Ricardo Accioly Calderari, é engenheiro agrônomo, diretor-secretário da Coamo Agroindustrial Cooperativa, e um dos precursores do Plantio Direto na região de Campo Mourão, segunda cidade no Brasil a implantar esta importante tecnologia na safra 1973/74.

Recentemente, participei em Lille, na França, da Conferência Mundial promovida pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS), representando a diretoria da cooperativa Coamo Agroindustrial. 

A Conferência Mundial recebeu dezenas de autoridades de mais de 40 países dos cinco continentes, ligadas à cadeia produtiva da soja e discutiu várias questões referente à produção e fornecimento, incluindo também o papel dos governos e os riscos sociais.

Esta foi a primeira vez que o setor produtivo brasileiro esteve no evento, representado por seis cooperativas agrícolas – das quais cinco do Estado do Paraná- que, juntas produzem 11% da produção brasileira de soja.

Entendo ter sido muito importante a participação do nosso setor produtivo, haja visto a oportunidade para rebater várias críticas feitas ao Brasil no tocante à produção agrícola e ao meio ambiente.

Mostramos ao mundo que o Brasil não é o que eles pensam. Escutamos críticas de estrangeiros, de ONG´s  e até mesmo de brasileiros, de pessoas mal-intencionadas que, com suas ideologias, retrataram um país que não cuida do meio ambiente, de terras estéreis e de agricultores que não usam tecnologia e estão empobrecendo, o que não é verdade.

Mostramos ao mundo a verdadeira situação do nosso país, cenário bem diferente do apresentado por essas pessoas mal-intencionadas.

Provamos que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e vem aumentado a sua produção exatamente por contar com agricultores tecnificados e empreendedores, preocupados com a natureza.

Muitos países produtores de soja estão, na verdade, assustados é com o crescimento agrícola do Brasil e fazem de tudo para complicar e rebaixar a agricultura brasileira. Mas, aAo contrário do que eles tentam dizer, nós provamos que produzimos bem com responsabilidade e sustentabilidade.

Indagamos no evento se os representantes de outros países tinham o CAR [Cadastro Ambiental Rural] – que é um registro eletrônico e obrigatório para todos os imóveis rurais, que integra as informações ambientais das áreas de preservação permanente, áreas de Reserva Legal, de florestas,  vegetação nativa, e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país-... ninguém tinha, por isso ficaram mudos.

Informamos também, na oportunidade, que no Sul do Brasil 20% da área de uma propriedade rural é destinada para reserva legal - no Cerrado esse número sobe para 35% e na Amazônia é de 80% - e o agricultor não tem nenhuma remuneração por isso.

Trata-se de uma situação bem diferente do que vimos por exemplo, na Alemanha, onde 100 m² de pousio é subsidiado pelo valor de 6.000 euros, equivalente a cerca de R$ 25 mil. Diante da posição brasileira eles novamente ficaram silenciosos, haja visto que somente 7,3% da área brasileira é utilizada para uso da agricultura e o restante é ocupado com rios, matas, florestas e parques, enquanto que eles não têm mais área para plantio.

Destacamos na Conferência Mundial de Soja Sustentável a prática adotada pelos agricultores brasileiros do sistema de Plantio Direto, que foi a revolução da nossa agricultura, e a devolução e destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas, onde o Brasil se destaca ao retirar do campo milhares de embalagens que poderiam prejudicar o meio ambiente.

Portanto, quando vemos notícias que tentam desacreditar a agricultura brasileira, suspeitamos que alguma coisa está por trás dessa campanha orquestrada. Certamente há outros interesses.

Tivemos um grande orgulho em mostrar na França para o mundo que o agricultor brasileiro faz e muito bem a lição de casa, que o nosso país é o que melhor cuida do meio ambiente no mundo.

Diante dessa afirmação, eles ficaram em silêncio.

Ricardo Calderari

Ricardo Accyoli Calderari, da Coamo (Paraná)

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Fonte:
Coamo

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4 comentários

  • ALVINO PINHEIRO Amaporã - PR

    O BRASIL PRECISA SIM É EXPULSAR ESTAS ONGS INTERNACIONAIS ECOTERRORISTAS, QUE EM SEUS PAÍSES DE ORIGEM JÁ DESMATARAM TUDO..A EUROPA SÓ TEM 0,6% DE MATAS ..ELES SIM PRECISAM PLANTAR ÁRVORES... O BRASIL NÃO TEM QUE ASSINAR NADA SOBRE MEIO AMBIENTE...O VELHO MUNDO E SEUS PAÍSES ARRASADOS É QUE VÁ PLANTAR ÁRVORES EM 20% DE SUAS TERRAS E DEPOIS VEM EXIGIR 20% DOS BRASILEIROS.....PRECISAMOS IMPOR NOSSA SOBERANIA E MOSTRAR PARA O MUNDO QUE O BRASIL E A AMAZÔNIA SÃO DOS BRASILEIROS

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Nao entendo porque toleramos tanta opressao---Nas residencias policia so' pode entrar com autorizaçao de juiz----Nas residencias rurais entram sem pedir licença.. FDPs...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. CARLO, fica claro, que vivemos uma total insegurança jurídica, ou melhor, uma total visão "socialista" de propriedade rural. Temos que arrebentar as amarras do conceito do "valor social da terra". ... ... O Estado deve ter seus mecanismos para evitar o mal uso da terra. Agora, pergunto, nas áreas urbanas esses mecanismos são respeitados? ... ... Nos grandes centros urbanos, em cada metro quadrado há um exemplo de desrespeito às regras e, ninguém faz nada. ... ... A frase do reverendo Martin Luther King Jr. vem a calhar: " Inteligência e caráter- esse é o objetivo da educação"... ... Falta consciência & caráter aos cidadãos... ...

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Concordo com o Sr. Luis Alberto em parte, menos na última frase de seu comentário; com o Sr. Nelson Botega concordo integralmente, principalmente com a última parte do comentário. É difícil explicar isso em um comentário, mesmo assim vou tentar. Na minha avaliação foi um começo, não muito bom em minha opinião, pois o Sr. Antônio Galvan está muito longe de ser um bom orador. Mesmo assim fez o que era necessário fazer. O que quero dizer é que não é com um simples discurso, e o discurso dele foi extremamente simples e truncado que fará com que os ambientalistas parem com suas ofensivas contra a agropecuária brasileira e contra o Brasil. Fora isso eles contam com apoio parlamentar dentro de nosso país. Acredito que o discurso teve o impacto que teve mais pela surpresa, eles não esperavam um revés, e ao que parece não havia ali nenhuma das lideranças que são extremamente preparadas no evento, parecia mais uma reunião de militância. Não creio que será assim nas próximas vezes. Evidente que com a eleição do capitão Bolsonaro as ONGs e demais organizações internacionais que usam o dinheiro dos brasileiros contra nosso desenvolvimento ficarão enfraquecidas, assim espero. Mesmo assim, os laços com os nossos parlamentares dificilmente serão dissolvidos, a não ser que haja uma cobrança efetiva por parte de quem está disposto a fazer o ativismo politico junto aos parlamentares envolvidos nessas "operações". Quando Galvan disse que temos uma legislação própria, ela não é tão própria assim, foi construída e aprovada por pressão desses grupos políticos ligados às ONGs e demais organizações ambientalistas. Acredito portanto que Galvan estava lidando com a massa de manobra ambientalista e que essa "briga" está apenas começando, sendo que estamos em vantagem principalmente por que Bolsonaro é presidente do Brasil e defende a não intervenção de estrangeiros no país, pelo contrário quer a união com os EUA e Israel para usar nossos recursos naturais a favor da Nação Brasileira. Para finalizar, sou um especulador nato e gosto de andar no terreno movediço das especulações e quanto a isso especulo que se houver resposta, caso contrário o discurso não teve impacto algum, essa resposta será no ambiente do "aquecimento global".

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Caro Rodrigo...o Galvan não tem obrigação nenhuma de ser um orador... Mas o que ele fez alguem com capacidade de oratória já deveria ter feito e pipocaram..amarelaram..portanto não e a oratória que importa..e aquilo que em poucas palavras e da forma dele ele foi muito cLaro..direto...e objetivo...queria parabenizar o Galvam pela postura e altivez diante dos fatos...ate que emfim alguem toma uma posição...parabéns..

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, essas pessoas que usam a narrativa do "aquecimento global", o que dizem sobre a última era glacial, que teve início há 100 mil anos e terminou há 12 mil anos? ... Graças a criação do manto de gelo sobre as áreas alagadas houve a travessia do homem para vastas regiões.

      A ciência cita que as duas principais razões do desaparecimento de espécies animais são a destruição do habitat e introdução de espécies predadoras.

      Devemos deixar claro que toda espécie animal tem uma especialidade. O homem é a única espécie que não apresenta essa especificidade, ou melhor, tem. De ser altamente adaptável.

      No caso a espécie Homo sapiens pode ser definida como? Numa visão natural do ambiente...

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  • LUIS ALBERTO GROHE Assis Chateaubriand - PR

    O discurso/manifesto proferido na Bélgica pelo colega da Aprosoja/MT, sr. Antônio Galvan, conta com o apoio e participação de vários dirigentes de cooperativas brasileiras, destacando-se as 5 cooperativas paranaenses.., isso nos orgulha muito, pois as ONGs e os países ricos usam costumeiramente a mídia para nos cobrarem sobre ações de preservação do meio ambiente como se os brasileiros fossem criminosos. Nossas lideranças foram à Europa e "mataram as cobras"... mostraram a realidade, nua e crua, deixando-os perplexos. Parabéns aos participantes.

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  • Nelson Botega

    Felizmente estamos nos libertando de muitas coisas que dificultam nosso desenvolvimento..., temos gente trabalhadora, inovadora e muitos sonhos..., que Deus nos ilumine.

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