Fala Produtor - Mensagem

  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP 25/07/2018 23:50

    Ouvi com muita atençao as palavras do analista Marcelo de Baco sobre o trigo, mas fico pensando, vendo que a situaçao de Sao Paulo, e norte Parana está caotica; seca, calor, pragas, quando ele fala em colheita, digo colheita do que? Praticamente nao haverá colheita!! No RS esta chovendo, lá sim haverá colheita, mas no resto, o pé de trigo nem se desenvolveu!! Existem algumas pequenas areas irrigadas, mas da pra contar nos dedos, nao teremos trigo nem pra remedio!! As lavouras estao abandonadas!!

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    • Marcio Magarinos Outros Tio Hugo - RS

      Aqui começamos a sentir a pressão nas cotações, caiu 1,00 ontem.

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    • Marcelo De Baco Viamão - RS

      Bom dia! Agradeço pelas respostas, comentando o texto do Sr. Elton Szweryda Santos, realmente no norte do PR está muito mal, mas tenho relatos de outras regiões onde ainda existe esperança de colher trigo... Quanto ao Sr. Marcio Magarinos, o mercado deve buscar preços menores nas próximas semanas até o início da colheita. Pode ocorrer que, com a falta de trigo no norte do Paraná, logo no início da nossa colheita ocorram negócios com os moinhos de lá para equilibrar o desfalque gerado pela seca. Mas ainda é cedo para fazer qualquer tipo de precificação, pois a questão de "tabela de frete" nos deixa muito "caros" se somados ao ICMS de 12%.

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    • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

      Marcelo obrigado por interagir conosco, isso é otimo! O trigo sempre teve difícil comercialização e o preço sempre cai próximo a colheita, mas será que nesse ano seco teremos uma melhor possibilidade de preço?

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    • Marcelo De Baco Viamão - RS

      Elton a equação é: quantidade de oferta total dividida pela demanda mensal. Se o resultado for um número maior do que 3 meses de demanda, o preço cai R$100,00/ton. se for maior ele cai mais ainda quanto pior for a situação dos espaços para entrada das safras de verão. Também existe a variável câmbio. Uma coisa muito importante é que os produtores argentinos perderam 30 milhões de toneladas de soja e vão precisar da receita do trigo para equilibrar as contas, lembrando que lá o câmbio é de 27 pesos para U$1,00. Aliado a isto se os preços argentinos caírem a farinha deles vem para competir com a nossa, 1 ton de farinha = 1,330 ton de trigo...

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Oeste do Paraná não tem trigo que preste. Tudo amarelado e poucos perfilhos...

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    • Marcelo De Baco Viamão - RS

      Muito obrigado pela informação Carlos William Nascimento.

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    • nilo otavio baqueta Mamborê - PR

      Lavouras que nao possuem nenhum tipo de seguro ja foram abandonadas, e as que restaram estao minguando a cada dia..., temperaturas batendo os 30 ° e 52 dias sem chuvas..., triste, mas é a realidade.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Hoje mesmo li uma noticia europeia onde um sujeito sugere queimar trigo no lugar do prensado de madeira... O trigo custa 19 centavos e o quilo da madeira 33... O problema do trigo e' mundial... Conheço pessoas que ficarão contentes se o trigo conseguir cobrir os custos da irrigaçao e mao de obra...

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    • Marcelo De Baco Viamão - RS

      Sr. Carlo Meloni, falar de trigo na Europa, EUA e até em algumas regiões da Argentina, é diferente de falar de trigo no PR e no RS. Lá se planta trigo ou trigo, não existe janela climática para duas culturas. Aqui o trigo dilui custos de estruturas/pessoas que ficam ociosas durante um grande período de tempo. Então a conta é diferente. Outro ponto, silvicultura ou a produção de madeira, além de ocupar área por um tempo muito maior, deixa o solo cheio de tocos e raízes, coisa mais simples de resolver e até oportuno no caso do trigo. Talvez o ponto fosse a redução dos custos, via químicos genéricos, vantagens tributárias para produtores de trigo... Mas lhe digo que para comparar lavouras do hemisfério norte, ainda teria de passar pela questão dos subsídios ainda concedidos aos produtores de trigo daquelas regiões. Lembrando que na rodada Uruguai do GATE ficou decidido que os países que já aplicavam subsídios não poderiam aumentar os mesmos, mas os países que não tinham subsídios não poderiam conceder. Nós estamos enquadrados na segunda alternativa.

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