Fala Produtor - Mensagem

  • Marlene de Araujo Burjassot 15/08/2019 13:37

    Sr. Tiago Gomes, de Goiânia - GO, retransmito-lhe mensagem de um especialista em monitoramento de imagens do INPE: "Caro Márcio Guimarães, depois de concluir o IME e ter feito especialização em satélites na Universidade da Califórnia, fiz concurso, passei e conclui o Mestrado no INPE, na área de Sensoriamento Remoto Por plataformas aeroespaciais. Logo após a conclusão do Mestrado, fui escolhido, pelo próprio INPE, para fazer um curso de Pós -Mestrado, no Centro Alemão de pesquisas aeroespaciais (Munique-Alemanha) após o qual o EB, me passou "à disposição " do MCT, lotado no INPE, onde fiquei por 3 anos. Na estrutura organizacional do INPE tem um departamento chamado de OBT (Departamento de Observação da Terra) com as seguintes subdivisões:

    DSR: Divisão de Sensoriamento Remoto, responsável por interpretação de imagens de satélites óticos, radar, infravermelho e meteorológicos;

    DPI: Divisão de Provessamento de Imgens, responsável por softwares, análises e geração de informações advindas de satélites;

    DGI: Divisão de Geração de Imagens, responsável por transformar a s sinais digitais de satélites de diversos países e órbitas, disponibilizando essas imagens, a baixo custo para as demais Divisões do INPE e outros órgãos de pesquisas, produção ensino, para o Brasil e outros toa países - notadamente os sul-americanos, para os mesmos fins.

    Existem vários PROJETOS, interdivisionários que fazem uso dessas imagens.

    Um deles chama-se de PRODES (PROjeto de monitoramento do DESmatamento da Amazônia) que gera bimestralmente relatórios relacionados ao desmatamento, geral e não só da Amazônia.

    As IMAGENS DE SATÉLITES, diferente dos que muitos supõem NÃO SÃO FOTOS, são camadas matriciais digitais (8 bits ou 64 bits) cujo efeito coletivo de um conjunto de 3 matrizes PARECEM UMA FOTO.

    Essas camadas são geradas a partir dos sensores fotossensiveis dos satélites, estratificado por BANDAS ESOECTRAIS.

    Assim, por exemplo, a Banda-4, dos satélite Landsat-7, captura as frequências de 0,75 à 1,1 micrômetros, que corresponde ao INFRAVERMELHO PRÓXIMO, REFLETIDO ou ainda VEGETATIVO porque representa o PICO de reflexão da vegetação verde sadia.

    Relações matemáticas ESTATÍSTICAS, como o NDVI (Índice Normalizado de Vegetação) produz um número ESTATÍSTICO, relacionando às respostas das bandas espectrais ao volume de biomassa, ou quantidade de vegetação.

    Trabalhei nesse projeto, AINDA EM VIGOR, nos anos de 1997 à 1999, utilizando um MODELO ESTATÍSTICO, desenvolvido pela NASA, chamado de Modelo de Mistura. ENFATIZO: todos os modelos de interpretação de imagens de satélites são ESTOCÁSTICOS, de diversos correntes estatísticas internacionalmente aceitos.

    Diga-se de passagem, que eu não era o único militar do Exército que contribuímos com nossas teses de mestrado e doutorado, para o PRODES. O hoje Gen R1 Pedro Ronalt, trabalhou comigo. Enquanto eu cuidava de um atributo das imagens TEXTURA, o Ronalt cuidava da interferência de pixel nos seus vizinhos ( EXEMPLO: se numa matriz ímpar 7x7, o pixel central for BRANCO, e todos os demais pixels dessa matriz for preto, a percepção da matriz será INTEGRALMENTE PRETA, e o pixel branco será NÃO PERCEPTÍVEL)

    Cada pixel (acrônimo da expressão inglesa "picture element ") representa uma ÁREA na superfície da Terra. No satélite Landsat-7, por exemplo, cada pixel tem valor de área de 30x30 metros.

    Essa janela de 7x7 pixels, que eu usei, foi somente para uma compreensão mais SÓLIDA, para quem não é familiarizado com o tamanho de imagens de satélites. Veja bem: uma cena ("frame") do satélite Lsndsat-7, tem uma dimensão de área na Terra de aproximadamente 30x30 Km. Se cada pixel vale 30x30 METROS, é fácil perceber que a cena terá: 10.000,0x10.000 pixels.

    Concluindo, todo esse MAMBO-JAMBO teórico que precisei fazer, é para demonstrar que DEPENDENDO DO SATÉLITE ESCOLHIDO, qualquer classificação das imagens (ou partes dela) será DIFETENTE, uma da outra e, TODAS ELAS, terão componentes ESTATÍSTICAS, é mais, dependente também do modelo estocástico utilizado.

    Vamos a um exemplo prático:

    Seja um desmatamento de 1 hectare, 100x100 metros. Serão representados por apenas 4x4 pixels, num universo de 10.000x10.000 metros. Os efeitos de correlação espectral, textural e de área, poderá quadruplicar essa área, ou reduzi -la à ZERO, dependendo do contexto no entorna da área.

    Por ser um dado estatístico e não EXATO, na minha época no INPE, os resultados eram submetidos ao MCT, que COTEJAVA, com outros institutos internacionais, fazendo uma ponderação dos dados, ANTES DE PUBLICÁ-LOS, diretamente, cuja PUBLICAÇÃO CABIA AO MINISTRO DO MCT, à imprensa nacional e internacional. No período do PT, o Diretor do INPE era um cara chamado de Gilberto Câmara (sobrinho-neto do Dom Hélder Câmara, Bispo do PT). Pois bem, nessa época, todo dado que mostrava resultados "ruins" eram filtrados pelo PT e, por alguns anos, NEM PUBLUCADOS ERAM.

    O INPE está COALHADO de simpatizantes do PT, por motivos óbvios (15 anos de poder). FOI ERRADA, DESLEAL e ato de PURA SABOTAGEM ao Governo Bolsonaro, a divulgação de dados estatísticos sem o CRIVO de órgãos internacionais e AD REFERENDUM ao Ministro do MCT. Essa é a verdade!!!

    Saudações do Monteiro!!!

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Obrigado pelo tempo disponibilizado pelo senhor a esse pequeno grupo de patriotas. Muito bom o esclarecimento técnico, responsável. Essa é a diferença de informações técnicas e lógicas das informações sensacionalistas e retrógradas. Mais uma vez, obrigado.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Tendo em vista o aparelhamento do PT tanto no INPE quanto no IBAMA, acredito que houve uma operaçao orquestrada onde os fiscais do IBAMA fizeram corpo mole (isso há bastante tempo) e o INPE se encarregou do estardalhaço... Para salvar o pais e' preciso fazer um plebiscito sobre a pena de morte... A justiça militar seria a responsavel por julgar todo e qualquer episodio de sabotagem nacional...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Monteiro lhe apresento os meus respeitos-----Onde ha PT aparece delinquencia, e assim deve ser no IBAMA e INPE-----Eles passaram uma foto aerea de satellite para um jornalista da Veja redigir um artigo contra Bolsonaro----Esta foto mostrava uma area de 500 hectares DESMATADA-----So' que nao havia mato na foto inicial de referencia----So havia capins invasores que surgem normalmente algum tempo depois da utilizaçao da area----A area verde do capim contrastando com a area branca da palhado foi considerado DESMATAMENTO----Para quem duvidar e' so' comprar a revista VEJA---Agora a minha grande preocupaçao e' saber como nos vamos nos livrar desses delinquentes que atuam como tecnicos e fiscais do meio ambiente--

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