Fala Produtor - Mensagem

  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 26/07/2007 00:00

    Crise agricola, estamos perdendo oportunidades valiosas... Caro Jo&atilde;o Batista, Repasso um texto que recebi agora e que s&atilde;o as palavras da minha boca. Segue o texto: <br />&quot;Pre&ccedil;os atingem n&iacute;veis hist&oacute;ricos, mas produtor n&atilde;o pode comemorar&quot; - (Rural Business) &ndash; A falta de pol&iacute;ticas para o setor rural brasileiro vem impossibilitando que os produtores nacionais aproveitem os pre&ccedil;os hist&oacute;ricos atingidos hoje pelas Bolsas internacionais, como forma de conseguirem se capitalizar e darem in&iacute;cio a uma retomada de crescimento, deixando para tr&aacute;s a crise em que v&ecirc;m sofrendo ano ap&oacute;s ano, enfatiza T&acirc;nia Tozzi, analista de mercado da Rural Business. <br />Segundo a analista, &quot;o d&oacute;lar consome a maior parte da lucratividade do produtor e impede que este amplie suas margens de lucros, a fim de cobrir ao menos parte das imensas d&iacute;vidas que carrega das &uacute;ltimas duas safras e conseguir planejar estrat&eacute;gias para crescer e suportar a nova fase baixista que certamente vir&aacute; daqui a alguns anos&quot;. <br />Os produtores de soja de Mato Grosso, por exemplo, respons&aacute;veis por 26% da safra nacional da oleaginosa, j&aacute; convivem em julho com a saca do gr&atilde;o, em d&oacute;lar, valendo um dos mais altos pre&ccedil;os da hist&oacute;ria, atingindo at&eacute; este dia 25 uma m&eacute;dia de US$ 15,38, valor superado apenas em abril de 2004. <br />Entretanto, enquanto em abril de 2004 o produtor embolsava 47,72 reais por cada saca comercializada, hoje consegue receber apenas 28,92 reais, amargando uma perda de 18,80 reais por saca de soja comercializada, apenas com a defasagem cambial. <br />Tozzi enfatiza que a situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seria t&atilde;o cr&iacute;tica se os custos de produ&ccedil;&atilde;o tivessem recuado na mesma propor&ccedil;&atilde;o em que a moeda americana foi se defasando frente a brasileira. &ldquo;Mas no campo a realidade &eacute; distinta, com os custos voltando a subir, deixando muito produtor preocupado em como conseguir&aacute; fechar as contas desta temporada 2006/07, caso a safrinha de milho ou outra cultura semeada na chamada segunda safra n&atilde;o atinja os n&iacute;veis de produtividade esperados&rdquo;. <br />Se levarmos em considera&ccedil;&atilde;o o acumulado de 2007 (1&ordm; de janeiro a 25 de julho), vemos que o produtor mato-grossense opera com uma m&eacute;dia de pre&ccedil;os de US$ 13,26 a saca, superando o patamar registrado em todo o ano de 2004, de US$ 13. <br />Entretanto, a m&eacute;dia atual de cota&ccedil;&atilde;o do mercado f&iacute;sico mato-grossense, segundo os dados do IPAR (&iacute;ndice de Pre&ccedil;os Rural Business), n&atilde;o passa de 26,79 reais por saca, mostrando uma desvaloriza&ccedil;&atilde;o de 29,5% frente &agrave; m&eacute;dia de 2004, de 38 reais. <br />Levando-se em considera&ccedil;&atilde;o o volume de soja colhido este ano no Mato Grosso, de 15,27 milh&otilde;es de toneladas, &eacute; poss&iacute;vel dizer que hipoteticamente o produtor local est&aacute; deixando de ganhar hoje mais de 2,85 bilh&otilde;es de reais, apenas pela desvaloriza&ccedil;&atilde;o do real frente ao d&oacute;lar, que em 2004 atingiu m&eacute;dia de 2,928 e hoje j&aacute; opera com m&eacute;dia de 2,024. <br />&quot;Esta na hora do produtor se mobilizar, voltar &agrave;s estradas e mostrar ao governo que alguma atitude dr&aacute;stica e r&aacute;pida precisa ser tomada. Se o presidente Lula e sua equipe econ&ocirc;mica acreditam que n&atilde;o pode se mexer o c&acirc;mbio, que crie ent&atilde;o mecanismos para minimizar os custos de produ&ccedil;&atilde;o e dar outras garantias ao produtor, pois do contr&aacute;rio em pouco tempo a produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os ficara totalmente nas m&atilde;os das multinacionais e das grandes empresas que sabem bem o valor deste setor para o pa&iacute;s&quot;, enfatiza a analista. <br />Para Tozzi, &quot;o produtor rural n&atilde;o pode se acomodar e perder a oportunidade que o mercado internacional est&aacute; lhe oferecendo, de pre&ccedil;os hist&oacute;ricos. Se nenhuma press&atilde;o maior for feita, exigindo das autoridades muito mais que uma renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas, a agricultura brasileira simplesmente ficar&aacute; inviabilizada assim que as cota&ccedil;&otilde;es come&ccedil;arem a cair no mercado externo&quot;. <br />A analista complementa: &ldquo;o governo Lula continua dando melhoral infantil para um doente terminal. Se uma cirurgia n&atilde;o for feita rapidamente, a morte ser&aacute; lenta, mas certa!&quot; Empurrar a d&iacute;vida da classe produtora para frente, sem dar em troca a possibilidade desta se capitalizar, &eacute; querer apenas mostrar servi&ccedil;o e jogar uma bomba rel&oacute;gio no colo do pr&oacute;ximo governo&quot;.

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