Fala Produtor - Mensagem

  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 07/08/2011 00:00

    Amigos do Noticias Agricolas, e principalmente cafeicultores de todo o Brasil: há muito vinhamos, através de nossa luta, mostrando os desmandos ocorridos dentro do Ministério da Agricultura (MAPA), isso desde a época do Sr. Rheinolds Sthephanes. Mostravamos diariamente que os desmandos ocorridos no segundo escalão do Ministério, e dentro da própria CONAB, contribuia em uma politica clara contra a cafeicultura nacional..., LEMBREM-SE DO GRUPO DE TRABALHO CRIADO PELO ANTIGO MINISTRO, QUE SÓ VERGONHA E INDIGNAÇÃO TROUXE PARA NOSSA CLASSE (CAFEICULTORES).

    Naquela época ficou muito claro o poder da CONAB sobre o próprio ministro da Agricultura..., lembrem-se, na definição do preço minimo do café, onde o próprio ministro Rheinolds e o presidente do CNC (Gilson) declararam abertamente, após reunião com o grupo de trabalho, que os preços deveriam ficar em torno de 280 a 300 reais, enquanto, na surdina, os "chacais" do segundo escalão, apoiados por forças economicas com interesses em preços menores, passaram sobre as palavras do Ministro e do presidente do CNC e soltaram os miseros R$ 261,00 (QUEM FOI O PAI DO 261???).

    INFELIZMENTE TUDO QUE PRESENCIAMOS NOS DIAS DE LUTA SE CONFIRMARAM, TANTO PARA O MINISTRO RHEINOLS COMO PARA O MINISTRO ROSSI..., DENTRO DESTA ESTRUTURA DE PODER PARALELO MONTADA DENTRO DOS MINISTÉRIOS VOSSA SENHORIAS NÃO SÃO TRATADAS COM O DEVIDO RESPEITO.

    ASSIM, APÓS VER ESTA SEMANA QUE UM DOS PONTOS DE CORRUPÇÃO ENCONTRA-SE NO FUNCAFÉ, SINTO NO DIREITO DE REPETIR A CARTA QUE PUBLIQUEI PARA O MINISTRO HÁ ALGUNS MESES:

    CARTA ABERTA AO MINISTRO DA AGRICULTURA WAGNER ROSSI:

    CAFEICULTUTA (AGRICULTURA) BRASILEIRA, UM VERDADEIRO CASO DE POLICIA!!!!

    Infelizmente a cada dia que passa novas verdades submergem deste “ESGOTO DE MENTIRAS” onde está jogada a “ POLITICA CAFEEIRA (AGRICOLA) NACIONAL”. E o mais triste de tudo isso é que este esgoto corre a “céu aberto” dentro daquela que deveria ser a casa da verdade e da mais pura responsabilidade para com a atividade agropecuária Brasileira: O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (MAPA). Para dentro deste esgoto é jogado há mais de 10 anos todo o suor, sangue e dignidade do cafeicultor (AGRICULTOR) brasileiro, tudo sob os olhos daqueles que foram incumbidos de defender e planejar através de políticas publicas a RENDA deste agronegócio brasileiro, seja ele pequeno (familiar), médio ou grande.

    Sr. Ministro Wagner Rossi, apesar de estar há pouco tempo no cargo, acredito que muito já lhe foi passado sobre a situação da Cafeicultura Brasileira, pois vosso assessor Sr. João Abrão é o único dentro deste Ministério que pode lhe transmitir a VERDADEIRA SITUAÇÃO DO CAFEICULTOR BRASILEIRO, POIS COMO TAL, SENTIU E SENTE ATÉ HOJE OS PROBLEMAS QUE NOS AFLINGE. Entretanto, muitos outros que ai estão, se dizendo experts em política de café ou até mesmo como legítimos representantes dos cafeicultores, na verdade não passam de verdadeiros “MALANDROS”, que aproveitam de sua posição (função) dentro deste Ministério para manter a velha política de favorecimento, que vem submetendo o cafeicultor brasileiro há mais de 10 anos de ESCRAVIDÃO, roubando os cofres públicos (OPERAÇÃO BROCA – POLICIA FEDERAL), tudo isso financiado pelo dinheiro do cafeicultor (FUNCAFÉ) e avalizado pelo Ministério que Vossa Senhoria chefia.

    Sr. Ministro Wagner Rossi, estivemos no Ministério da Agricultura (BRASILIA-DF) no dia 21/05/2010, e após a reunião do Sr. Robério Silva (DECAF) com lideranças do setor como, Gilson Ximenez (CNC), Nathan Herszkowicz (ABIC), Breno Mesquita (CNA), representante da Frente Parlamentar do café entre outros, nós, os representantes dos cafeicultores Brasileiros tivemos uma reunião de mais de 3 horas com o Secretario de Produção e Agroenergia Sr. Manoel Bertone; nesta reunião estiveram presentes também o Sr. Gilson Gimenez (CNC), Breno Mesquita (CNA), Robério Silva (DECAF), João Abrão (Assessor do Ministro), Dep. Carlos Melles (Frente Parlamentar do café), Dep. Silas Brasileiro, e os legítimos representantes dos cafeicultores Brasileiros, os Sindicatos dos Cafeicultores, representados pela ASSUL E SINCAL. Desta reunião tivemos as seguintes certezas (NÃO PROMESSAS!!!):

    1 - Todos estavam preocupados com os recursos para custeio de colheita, retenção (pré-comercialização) e compra de café por parte do governo para refazer os estoques. Foi consenso de todos que estes recursos eram imprescindíveis para o atual momento da cafeicultura nacional, onde o mundo se encontra com os níveis de estoques de café mais baixos da história, e o Brasil estaria produzindo uma de suas maiores safras de toda a história.

    O Sr. Manoel Bertone (MAPA) reconheceu a necessidade da liberação imediata destes recursos, e deixou muito claro que somente poderia contar com os recursos do FUNCAFE, que seriam utilizados para custeio de colheita, retenção e custeio de tratos culturais... infelizmente segundo suas palavras novos recursos por parte do Governo Federal (Ministério da Fazenda) não seriam alocados para o café, mas que, se bem administrados, os recursos do FUNCAFE iriam garantir bons preços para o produtor, devido a atual situação de mercado. Portanto, GARANTIU já estar liberado em suas mãos R$ 500.000.000,00 para os custeios de colheita, e que no máximo em uma semana este dinheiro estaria nas mãos do produtor. O dinheiro das retenções, seriam liberados mais tarde de acordo com a demanda.

    2 - Os produtores ali presentes levantaram um problema que há muito vem sendo ignorado por este ministério e pelos responsáveis pela política cafeeira: as dívidas vencidas e a vencer não permitiriam ao cafeicultor captar estes recursos, seja através dos bancos ou cooperativas de credito, correndo o risco destes recursos não chegarem nas mãos do produtor. O Sr. Breno Mesquita (CNA) comentou que deveríamos encontrar urgentemente uma saída para este problema, sendo que as cooperativas de produção também se encontravam com dificuldade de captar recursos.

    Infelizmente nada foi feito a este respeito, e como disse o Sr. Gerardo Fontelles (Secretário Executivo do MAPA) “nenhuma política para a cafeicultura será bem sucedida, sem que haja um equacionamento do endividamento do setor.”

    3 - O ex-dep. Silas Brasileiro deixou muito bem claro, através de sua declaração, que os CAFEICULTORES DO CERRADO MINEIRO também se encontram endividados e com dificuldades, e que muitas conversas que chegavam até este ministério dizendo que o CERRADO MINEIRO não tinha problemas, era uma grande mentira.

    4 - O Presidente do CNC, Sr. Gilson Ximenez mostrou-se preocupado com o endividamento, pois poderíamos aproveitar este momento no cenário mundial de café (estoques baixos) e boa produção no Brasil, como um momento IMPAR para conseguirmos uma verdadeira equalização das dívidas, já que o nosso produto (café) que ha muito tempo estava desvalorizado e trazia receio de novos investimentos por parte do setor financeiro, agora tomava rumos diferentes como podemos comprovar nos dias de hoje.

    Saímos de Brasília com a promessa concreta de que o dinheiro para o custeio de colheita (R$ 500.000.000,00) seria liberado em no máximo 1 semana, já que estava disponível nas mãos do Sr. Manoel Bertone. Isto já nos deixava mais tranqüilos pois, apesar de sabermos das dificuldades para captar este dinheiro através do sistema financeiro, ainda tínhamos a esperança das cooperativas de produção. Desta forma, poderíamos segurar nossa safra e ir vendendo de forma estratégica durante todo o ano, pois em 2011 todos sabem que, devido à bi-anualidade do café, teremos uma safra baixa, colocando assim o produtor brasileiro em uma situação mais confortável em relação a preços e também nas negociações com seus credores.

    INFELIZMENTE NADA DISSO ACONTECEU Sr. MINISTRO WAGNER ROSSI, O DINHEIRO (R$ 500.000.000,00) QUE JÁ ESTAVA NA “MÃOS” DO Sr. BERTONE, SÓ FOI LIBERADO PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA HÀ 23 DIAS..., OU SEJA, ESSE DINHEIRO FOI LIBERADO APROXIMADAMENTE NO DIA 24 DE JUNHO DE 2010, PORTANTO, 33 DIAS APÓS O NOSSO ENCONTRO EM BRASILIA. UM ATRASO TOTAL DE 56 DIAS DESDE A PROMESSA DO Sr. BERTONE ATÉ OS DIAS DE HOJE.

    Entretanto, Sr. Ministro Wagner Rossi, este dinheiro ainda não chegou nas mãos do produtor (cafeicultor) e nem vai chegar, pois como disse o Sr. Bertone, não esta havendo demanda por parte dos bancos e cooperativas de crédito, pois, segundo ele o produtor não tem café para captar estes recursos e os bancos estão devolvendo o dinheiro para o governo que é o gestor do FUNCAFE. Esse tipo de declaração nos deixa perplexos, pois não conseguir captar os recursos por falta de credito ou problemas no CPF é mais do que plausível, pois já vínhamos alertando para isso, mas dizer que não existe demanda pois não tem café, isso parece um absurdo. Entretanto, nada disso é absurdo ou aconteceu por acaso, tudo isso teve um motivo e foi muito bem premeditado, vejamos os fatos e não boatos:

    1 - Na reunião com o Sr. Robério Silva (DECAF), esteve presente, além do Sr. Nathan Herszkowics (ABIC), um representante do CECAFE (Exportadores), e estes ao que parece receberam um aporte financeiro do FUNCAFE de R$ 300.000.000,00 cada um, com voto de aprovação do CNA e da CNC.

    2 - Para os produtores foi liberado através da rede bancaria e cooperativas de credito um montante de R$ 500.000.000,00 (custeio de colheita) e R$ 950.000.000,00 (retenção), dinheiro que infelizmente não chegou a tempo para colheita como já explicamos anteriormente.

    Com a colheita em pleno andamento, e sem dinheiro do FUNCAFE para custear sua colheita, o produtor que teve condição recorreu a empréstimos com juros que variaram de 2.25% ao mês (garantia real) a 2.59% ao mês (avalista), taxas bem mais atrativas para os bancos do que os recursos do FUNCAFE, que não chegavam.

    Agora que estes recursos estão chegando, estes bancos estão devolvendo o dinheiro por falta de demanda, e agora esperam pelos R$ 950.000.000,00 para transformar estas divida com juros altos em retenção..., resta saber se o produtor vai agüentar esperar os novos recursos, pagando estes juros ou vender o seu café.

    Para aqueles cafeicultores que não possuíam crédito junto aos bancos o u cooperativas de crédito, restou vender sua safra assim que era colhida a preços baixos e continuando assim descapitalizados. Mais uma vez, se refletiu a mesma situação, colher, vender terminada a colheita, e ficarem sem estoque para custear o próximo ano e as despesas de sobrevivência.

    Sr. Ministro Wagner Rossi, A quem interessava o atraso destas verbas?

    a) As Cooperativas de crédito e bancos que ganharam com juros mais altos

    b) Ao Mercado que teve cafés à disposição, graças ao atraso dos recursos tão prometidos pelo Sr. Bertone.

    c) O dinheiro destinado a ABIC e CECAFE, também tiveram este atraso?

    CARO MINISTRO DA AGRICULTURA WAGNER ROSSI, TENTE DESCOBRIR AS RESPOSTAS PARA ESTAS QUESTÕES E PODERÁ LIMPAR O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E SALVAR O QUE RESTA DA CAFEICULTURA NACIONAL. CASO CONTRARIO FAREMOS UM ULTIMO FAVOR PARA VOSSA SENHORIA: DAREMOS-LHE DE PRESENTE UM PAR DE GALOCHAS PARA IR TRABALHAR TODOS OS DIAS NA FOSSA SEPTICA QUE IRA SE TRANSFORMAR O SEU MINISTÉRIO.

    DESCULPE POR SER TÃO DIRETO CARO MINISTRO MAS:

    “SE VAI SAIR À FRENTE PARA DESCREVER A VERDADE, DEIXE A ELEGANCIA PARA O ALFAIATE.”

    Caro ministro, é uma carata antiga, mas mostra a realidade que impera dentro deste Ministério.

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