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  • Geovanny Ferreira Feira de Santana - BA 12/12/2016 13:10

    "Colbert diz estar de consciência tranquila e vê equívoco em delação" -- O vice-prefeito eleito de Feira de Santana, Colbert Filho, garante estar de consciência tranquila, quanto a citação de seu nome em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, como um dos políticos que teriam recebido dinheiro da empresa para uso não declarado em campanha eleitoral realizada em 2010 à Câmara dos Deputados. "Como bem diz o delator, ele nem me conhecia e eu nunca tive proximidade com a Odebrecht. Minhas contas daquela campanha foram aprovadas e todos os recursos recebidos declarados à justiça eleitoral", afirma.

    Colbert afirma estar convicto de que existem equívocos nessas denúncias feitas através de delação premiada. "A ansiedade do delator, pelo êxito de sua colaboração no sentido de minimizar uma eventual condenação, provoca relatos confusos, imprecisos e muito provavelmente equivocados, que acabam envolvendo pessoas que não cometeram ilegalidades", diz o ex-deputado federal.

    De acordo com o vice-prefeito eleito, certamente há quem tenha recebido recursos indevidamente, em campanhas eleitorais, não declarados à justiça eleitoral, "mas há, também, quem está sendo colocado no mesmo saco de maneira equivocada, talvez para engrossar uma lista e tornar a delação mais robusta do que ela é, especialmente com nomes, como o meu, que não tinham nenhum grau de relacionamento com a Odebrecht". Para Colbert, é prematuro tirar conclusões, principalmente "condenar pessoas que tem uma história honrada e digna na vida pública com base em vazamento de delações sem a apresentação de provas".

    Necessário se faz, acredita Colbert, aguardar pelas investigações. "Uma delação é uma delação. Se trata do início de um processo de apuração de fatos, que podem ser confirmados ou não, diante do colhimento de provas, nesse caso ainda inexistentes", observa. "Obviamente não posso falar pelos demais, mas no meu caso, específico, certeza absoluta: Os poucos recursos de que dispus foram totalmente declarados, não havendo, absolutamente, nenhum dinheiro indevido na minha modesta campanha".

    O executivo da Odebrecht, em sua delação vazada na imprensa e ainda não reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal como legitima, diz que teria obtido ajuda a Colbert atendendo a pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima com R$ 150 mil. Cláudio Melo Filho admite que não conhecia o político feirense. "Observe-se que ele admite que não tinha proximidade comigo. De fato eu não tinha, com ele ou qualquer outro diretor da empresa. E ainda diz que teria usado um intermediário para me ajudar financeiramente. Uma história um tanto confusa, que não se provará real ao final das investigações"

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