Grãos fecham o dia em alta refletindo bom momento da demanda
Publicado em 29/02/2012 17:27
e atualizado em 29/02/2012 19:37
O apertado quadro de oferta e demanda mais uma vez deu suporte ao mercado internacional da soja. Nesta quarta-feira, a oleaginosa fechou o dia em alta na Bolsa de Chicago. Durante boa parte do pregão regular, os principais vencimentos chegaram a registrar ganhos superiores a 10 pontos, porém, no final dos negócios, as cotações devolveram parte dessas altas e fecharam com pouco mais de 7 pontos positivos.
Nesta quarta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de mais 285 mil toneladas de soja para a China. Do total, foram 110 mil toneladas para safra 2012/13 e 175 mil para safra 2011/12. A compra só vem confirmar o firme momento da demanda da nação asiática pela commodity norte-americana.
A severa quebra na produção da América do Sul, ocasionada por uma forte estiagem, tem estimulado importantes importadores a garantirem seus estoques diante de um quadro de oferta restrita. O cenário, portanto, confere sustentação aos futuros negociados em Chicago.
Hoje, mais uma vez, o contrato maio/12 conseguiu superar a máxima de cinco meses e fechou o dia cotado a US$ US$ 13,20 por bushel, subindo 7,50 pontos. O vencimento é referência para a safra brasileira.
Na semana passada, o analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar, esteve em um Congresso Mundial de Grãos que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes, e lá teve a oportunidade de conversar com muitos representantes de importadores e consumidores da Ásia e do Oriente Médio.
"Nessas regiões nao tem a crise econômica como esté sendo sentida na Europa e nos Estados Unidos. A demanda e o consumo estão em crescente constante", disse. O analista disse ainda que a a preocupação desses importadores não é em relação aos preços, mas sim em relação à oferta.
"Os compradores não vão ficar tranquilos enquanto não se tiver uma garantia de que a safra americana vai ser efetivamente cheia. E isso só será possível por meio das previsões climáticas e essas informações só em meados de agosto", completa.
Além da questão de oferta e demanda, as perspectivas para a próxima safra dos Estados Unidos também mexem com o mercado. O analista afirma que o país pode não ter condições de ampliar sua área de soja, já que as preferências seriam para o milho e para o trigo.
"Isso significa que não tem um outro lugar onde a situação de oferta mundial possa se recuperar tão cedo. Por isso, continuamos firmes em dizer que a tendência na soja é altista", explica Cachia.
O milho também encerrou a quarta-feira em alta. O mercado começou o dia negativo e deu sinais de fraqueza, porém, se recuperou e conseguiu fechar no campo positivo.
Os principais fatores de alta para o cereal são o bom momento da soja, que puxou os preços do milho, e também a divulgação pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da venda de 120 mil toneladas de milho dos EUA para o México da safra 2012/13.
Veja como ficaram os preços no fechamento desta quarta-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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