Soja atingirá cotação recorde em 2014, afirma consultor
O baixo estoque de soja dos principais países exportadores é característica de um mercado que caminha para alta nos preços. Todos os anos em que se desenhou este cenário foram registrados recordes nas cotações, tendência que se aplica a 2014. A afirmação é do consultor de mercado, Liones Severo, que destacou para cerca de 200 agricultores de Dourados (MS), o otimismo com as futuras cotações da oleaginosa durante o Circuito Aprosoja, promovido pela Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), durante a 50ª Expoagro, nesta terça-feira (27).
Para Severo, apesar de dependente do mercado americano, a valorização da soja brasileira acontecerá devido o consumo que extrapola a produção. “Mesmo que os Estados Unidos aumente a produção de soja em 10 milhões de toneladas, este volume se diluirá facilmente no mercado internacional. O Brasil é atualmente o maior exportador de soja do mundo e se manterá no posto, já que não existem países com as mesmas características de expansão,” enfatizou o palestrante do Circuito Aprosoja.
Os anos de 2004, 2008 e 2012 foram citados por Severo como exemplos de períodos em que o consumo superou a produção, ocorrendo baixa nos estoques e recordes nos preços da oleaginosa. “Já exportamos neste ano 45 milhões de toneladas do complexo soja. Os estoques estão baixos e é provável que o Brasil exceda no mercado internacional e falte soja no mercado interno”, prevê o consultor de mercado.
Segundo a gerente econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Adriana Mascarenhas, a política cambial pode favorecer as exportações do Estado. “Não existe em curto prazo cenário que valorize a moeda brasileira, isto deixa o país mais competitivo e mantém as exportações positivas”, destaca Adriana ao alertar que no primeiro quadrimestre do ano as exportações da soja em grãos de MS cresceram 48% em relação ao mesmo período do ano passado, fazendo com que a renda se supere em 40%.
Política
Durante o circuito de palestras promovido pela Aprosoja/MS, além do mercado internacional, autoridades trataram os aspectos políticos do ano eleitoral. “Neste ano de eleição é preciso dar atenção aos envolvidos com a classe primária, para que não percamos representação e consigamos avançar nas ações políticas que prezam pelo avanço econômico do país,” alertou o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito.
O diretor tesoureiro da Famasul e presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, chamou a atenção para a necessidade de avanços que represente o desenvolvimento rural. “O Governo não consegue acompanhar o desenvolvimento do agronegócio. O produtor rural está à frente, enquanto que as tentativas públicas não atendem metade das necessidades do homem do campo”, finalizou Dalpasquale.
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