Café: NY registra intensa volatilidade; retorno das chuvas ainda pesa
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica registra intensa volatilidade nesta terça-feira (21). No início da sessão as cotações estavam no campo negativo em um movimento de realização de lucros e em meio a notícias de chuva que caiu nas principais regiões produtoras do Brasil. Mais tarde, os preços registraram alta com a informação de que as precipitações seriam insuficientes para aliviar os receios de um possível déficit de oferta devido à seca, mas o mercado inverteu e o retorno de chuvas e o movimento de troca de posição sustentam a queda.
Por volta das 13h, o contrato dezembro/14 registrava 195,65 cents de dólar por libra peso com queda de 375 pontos, o março/15 anotava 199,95 cents/lb com desvalorização de 355 pontos, o maio/15 trabalhava com baixa de 345 pontos cotado a 202,15 cents/lb e o julho/15 tinha queda de 365 pontos com 203,50 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a bolsa norte-americana continua precificando a especulação em cima das chuvas em algumas cidades no final da semana passada e a previsão de precipitações mais regulares nos próximos dias. Portanto, a volatilidade deve persistir. “A oscilação vai continuar pelos próximos dias, não teremos certeza da produção da próxima safra pelo menos até o início do ano que vem”, afirma.
Ainda de acordo com o analista, alguns operadores aproveitam para trocar de posição e realizar lucros. Os investidores que buscavam a alta, agora apostam nas baixas do mercado comprando fundos mais baratos para depois negociar em momentos mais oportunos e lucrar mais.
Somar Meteorologia aponta chuvas em MG a partir de domingo da eleição
SÃO PAULO (Reuters) - As chuvas devem se intensificar depois de 26 de outubro nas regiões cafeeiras de Minas Gerais assoladas pela seca, mostraram os modelos climáticos da Somar Meteorologia nesta terça-feira.
Entre 26 e 30 de outubro, 30 milímetros de chuvas devem cobrir a maior parte do Estado, o principal produtor de café do Brasil.
Na sequência, até 4 de novembro, entre 70 e 100 milímetros de precipitações podem chegar às áreas mais secas, ao sul do Estado, de acordo com a Somar.
Pesadas e consistentes chuvas são necessárias para reduzir o que pode ser o maior déficit hídrico já registrado em Minas Gerais e despertar as floradas para a safra de 2015.
Chuvas esporádicas em agosto e setembro fizeram florar menos de 10 por cento dos cafezais, e os preços arábica saltaram nas últimas semanas por preocupações sobre o pegamento das flores e frutos, diante do período seco de outubro.
As chuvas começaram nos últimos dias, mas apenas cerca de 15 milímetros deverão cair em Minas Gerais até 25 de outubro.
O contrato dezembro do café arábica negociado em Nova York caía 2 por cento, para 1,9535 dólar por libra-peso, por volta das 12h40 (horário de Brasília), em parte devido às previsões de chuva no Brasil.
(Reportagem de Caroline Stauffer)